Mara Minhava, vereadora da Cultura da Câmara de Vila Real, disse hoje, em conferência de imprensa, que o teatro continua em 2023 com a “ambição e missão de apresentar um programa alargado e representativo de várias disciplinas e abordagens artísticas”.

No primeiro trimestre do novo ano vão passar pela casa de espetáculos transmontana “artistas de renome nacional e internacional e artistas emergentes”, bem como criadores locais e instituições como o Teatro Nacional Dona Maria II.

É um programa que, frisou, “promove a democratização no acesso à cultura”, facilitando o acesso nomeadamente através de bilhetes “com preço muito acessível ou gratuitos”, e que aposta na formação de públicos e na inclusão.

Exemplos são, segundo a vereadora, os espetáculos “Mama”, de Mafalda Deville, que aborda a maternidade juvenil, e “O cavaleiro da Dinamarca”, de Sophia de Mello Breyner Andresen, que tem um elenco maioritariamente constituído por pessoas com deficiência.

A mudança de ano faz-se com o FAN que, entre 22 de dezembro e 21 de janeiro, apresenta sete concertos de música clássica ou erudita e clássica contemporânea.

A abertura do programa do FAN acontece com o concerto “…Il grande ignoto”, do Oniros Ensemble, uma formação criada em Vila Real, e que contempla obras do padre e compositor Joaquim dos Santos.

A programação em 2023 arranca no dia 6 de janeiro com a Orquestra de Sopros da Academia de Artes de Chaves.

O diretor artístico do teatro municipal, Rui Araújo, fez questão de salientar que a “região tem formado excelentes músicos”.

Seguem-se concertos da pianista Inês Filipe e a Musicamerata, que homenageia Olga Prats (pianista e professora), da Orquestra do Norte, bem como da pianista turca Büşra Kayikçi e da dinamarquesa Ea Wim.

As artistas internacionais trazem a Vila Real, segundo Rui Araújo, “projetos de uma vertente mais contemporânea”.

No final de janeiro e início de fevereiro, o Teatro de Vila Real acolhe três ações do projeto Odisseia Nacional, uma digressão do Teatro Nacional D. Maria II pelo território nacional.

Segundo Mara Minhava, além da criação de um espetáculo em residência artística a partir de práticas colaborativas e das identidades locais e da conceção, o projeto inclui a realização de visitas escolares encenadas e a apresentação da peça “Casa Portuguesa”, de Pedro Penim.

Na área do teatro foram agendadas mais 10 produções, quatro delas para públicos infantojuvenis, com destaque para o ator brasileiro Miguel Falabella com a comédia “A mentira”.

A acabar o trimestre serão apresentadas as peças “Entrelinhas”, de Tiago Rodrigues e Tonan Quito, e “Os três mosqu3teiros”, da Este – Estação Teatral, espetáculos incluídos no Vinte e Sete – Festival de Teatro, que arranca a 27 de março, dia internacional do Teatro.

A primeira Conversa de Bastidores do ano tem como convidada a atriz e encenadora Sara Barros Leitão.

Na área da música os destaques vão para o festival de inverno, o Boreal, cuja programação será anunciada em janeiro, bem como os concertos dos The Gift com um coro de 20 pessoas, de Joana Gama e do projeto vila-realense L Pertués com a orquestra do Conservatório de Vila Real.

Durante o trimestre há ainda sessões de cinema, bem como a exposição “I can fly”, da artista iraniana Firoozeh Soltan Zadeh.