Os “primeiros inquilinos da aldeia cultura” foram revelados pela organização num comunicado que fixa a 9.ª edição do Bons Sons, nos dias 9 a 12 de agosto. Os quartoquarto venceram, no sábado, a 23.ª edição do Festival Termómetro, cuja final decorreu no cinema São Jorge.

O mais recente projeto de João Vidigueira (voz), Luís Lucena (programações, guitarra elétrica, baixo), João Abelaira (teclados/'synths') e Diogo Sousa (bateria/'sampler') subirá a um dos sete palcos da aldeia que todos os anos, durante quatro dias, é fechada e se transforma no recinto do festival que é já uma plataforma de divulgação de música portuguesa.

Ao longo de quatro dias o público é convidado a conhecer projetos emergentes e a reencontrar músicos consagrados em locais como o largo central, a eira, a igreja, garagens e mesmo a algumas casas, que são transformadas em palcos.

Este ano, segundo a organização, “vai haver muitas novidades que prometem surpreender”, mas que “ainda estão a ser ultimadas”, disse hoje à Lusa fonte ligada ao Festival, cujo programa irá sendo “revelado faseadamente, ao longo dos próximos meses”.

Mas, asseguram no comunicado, “mude o que mudar, não muda o céu estrelado, as ruas enfeitadas por sorrisos, a diferença da igualdade e recantos de memórias pintados”, ao longo das edições que já levaram à aldeia mais de 200 mil visitantes para assistir a quase três centenas de concertos.

Sob o mote “vem viver a aldeia”, o festival parte de um conceito comunitário em que toda a população é envolvida na transformação da localidade num mega recinto festivaleiro, onde os quintais são transformados em restaurantes e os pomares em parques de campismo.

Organizado pelo Sport Clube Operário de Cem Soldos (SCOCS), o Bons Sons “é uma experiência única”, em que a aldeia “é fechada e o seu perímetro limita o recinto que acolhe oito palcos, cada um dedicado a uma linha programática, perfeitamente integrados nas suas ruas, praças, largos, igreja e outros equipamentos”, refere a organização.

Promovendo uma relação de proximidade com o público, “são os habitantes que acolhem e servem os visitantes, numa partilha especial entre quem recebe e quem visita” o festival, cuja organização não inclui nem empresas nem câmaras, sendo realizado por voluntários de toda a aldeia.

A par da formação de públicos, o festival “Bons Sons” tem como principal meta o desenvolvimento local através da fixação dos mais jovens e da potenciação da economia local, apostando na sustentabilidade e nas boas práticas ambientais como banir os copos de plástico (substituídos por outros reutilizáveis), para reduzir a pegada ecológica.

Os bilhetes para o festival podem ser adquiridos a partir do dia 01 de fevereiro, tendo o passe de quatro dias um custo de 30 euros, até 30 abril, de 40 euros, até 31 julho, e de 45 euros, na bilheteira do recinto.

O bilhete diário custará 20 euros, até 31 julho, e 22 euros, na bilheteira do recinto.

Foto: Facebook Festival Bons Sons - Pedro Sadio