O novo julgamento por violação e agressão sexual do outrora todo-poderoso produtor de Hollywood Harvey Weinstein foi agendado, provisoriamente, para 12 de novembro, após a sua condenação anterior ser anulada por não ter tido um processo justo.

Numa breve audiência no tribunal de Manhattan, o juiz Curtis Farber disse que está aberto a que o julgamento comece antes, como pede a defesa do acusado, que chegou à sala do tribunal numa cadeira de rodas.

Para o dia 12 de setembro, está prevista outra audiência para finalizar os detalhes deste novo julgamento que colocará Weinstein, de 72 anos, novamente no banco dos réus por violação e agressão sexual. O MInistério Público já anunciara que procura ampliar as acusações.

Em abril, um tribunal de segunda instância anulou a condenação imposta em fevereiro de 2020 pelo Tribunal de Manhattan, ao considerar que o caso mais emblemático do movimento #MeToo não recebera um julgamento justo.

Weinstein foi julgado pela violação da atriz Jessica Mann em 2013 e pela agressão sexual em 2006 da assistente de produção Mimi Haleyi.

Numa decisão apertada, os magistrados do tribunal de recurso alegaram que o juiz aceitara depoimentos de mulheres que alegadamente sofreram abusos por parte de Weinstein, mas que não faziam parte do caso contra ele.

O ex-produtor, que aguarda o novo julgamento na prisão de Rikers Island, em Nova Iorque, sempre negou ter mantido relações sexuais não consensuais.

No entanto, mais de 80 mulheres acusaram-no de assédio, agressão sexual ou violação, entre elas as atrizes Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow e Ashley Judd. Essas revelações em 2017 desencadearam uma onda mundial e encorajaram muitas vítimas a falarem.

Weinstein ainda deve cumprir outra sentença de 16 anos, também por violação, imposta por um tribunal da Califórnia, decisão da qual a sua defesa recorreu.