O ator, que interpreta John Nolan na série da ABC, explicou que a academia está a receber candidatos a polícias para lá da idade convencional, durante uma conversa com jornalistas internacionais em LA.

"[São pessoas que] sempre quiseram ser polícias, receavam que fosse visto como crise de meia idade e agora perceberam que pode ser visto como a realização de um sonho", afirmou o ator. "As pessoas estão a ter inspiração e coragem para seguir algo que queriam fazer por causa da série".

Há apenas duas esquadras em Los Angeles onde os novatos ('rookies') podem ter mais de 37 anos, e é numa delas que a história decorre.

Popularizado pelo papel principal em "Castle", série que protagonizou durante oito anos, Fillion argumentou que o sucesso de "The Rookie" está ligado à humanização das personagens, que mostram um lado diferente da polícia.

"Quando vejo televisão, não me identifico com muita coisa no que toca ao perigo e à intensidade de ser um agente da polícia", referiu. "Mas consigo identificar-me com o falhanço, acontece-me muitas vezes, com o facto de as coisas nem sempre correrem como quero, não ter sorte, desafios, sofrimento, embaraço, ser ridicularizado", descreveu. "É isso que humaniza esta série, faz parte da vida. É uma profissão muito intensa mas estamos a interpretar polícias como eles são realmente, humanos".

O ator canadiano sublinhou que a identificação da audiência com as personagens reflete o esforço dos escritores. "Nos anos oitenta, os heróis que nos vendiam eram enormes e musculados, fortes e preparados, conseguiam lidar com qualquer situação em que se encontrassem", lembrou. "Os heróis que vemos agora são pessoas normais, e isso é algo com que consigo identificar-me, porque sou um homem como qualquer outro".

Visivelmente mais atlético na segunda temporada de "The Rookie", que em Portugal passa no canal AXN, Fillion explicou que o facto de não aparecer em todas as cenas da série, ao contrário do que acontecia em "Castle", lhe permitiu um estilo de vida mais equilibrado e com tempo para exercício.

O ator revelou também que costuma ver os episódios quando passam na televisão, algo que não fazia na série anterior. "Ainda há episódios de 'Castle' que nunca vi", admitiu. "Estava lá 16 horas por dia, tinha visto o guião mil vezes, sabia como ia acabar, o meu tempo era muito curto para ver televisão".

The Rookie

Agora, disse que tem curiosidade em seguir o desfecho das linhas narrativas em que não participa. "Estou a divertir-me como fã da série, o que é uma experiência nova para mim", caracterizou.

Na nova temporada, John Nolan é confrontado com a saída inesperada da agente Talia Bishop, que o estava a treinar, há uma ex-namorada que reaparece e outras ligações ao passado que vão emergir, incluindo o pai que o abandonou em pequeno, contou Fillion.

Realçando a admiração pela intensidade da profissão, o ator descreveu Nolan como "o tipo de homem que faz as suas escolhas como se toda a gente o estivesse a ver o tempo todo".

É algo que faz parte do sentido aspiracional da série: "Tem a ver com quem somos. Quando fechamos os olhos à noite e estamos sozinhos com o silêncio. Consegue viver com essa pessoa?", perguntou. "É assim que tento viver a minha vida e é assim que o Nolan vive a dele".

Ainda sem saber se a ABC renovará "The Rookie" para mais uma temporada, Nathan Fillion reconheceu o bom momento que vive neste momento. "Não acontece sempre ter a oportunidade de ter uma segunda temporada, não me aconteceu muitas vezes, e é uma altura muito entusiasmante".

Disse ainda que "não sabia que estava preparado para voltar a fazer televisão" quando o 'showrunner' Alexi Hawley ligou com a proposta, mas "soube logo que com as pessoas envolvidas isto ia ser uma experiência fantástica".

Aos 48 anos, Fillion afirmou que continua a agradecer "às estrelas da sorte" quando é escolhido para um papel e não teve dúvidas de que conseguiria interpretar um polícia.

"Sinto que sou muito bom ator", considerou. "A minha expectativa e esperança é que qualquer novo papel e personagem que interpreto mostre às pessoas que tenho talentos diversificados, e o quão credível posso ser".

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