Salma Hayek é a mais recente estrela de Hollywood a dar a cara contra Harvey Weistein e fazer um relato pessoal das suas experiências com o produtor.
"Harvey Weinstein era um cinéfilo apaixonado, que assumia riscos, um patrono dos talentos no cinema, um pai carinhoso e um monstro. Durante anos, ele foi o meu monstro", começa a crónica no The New York Times significativamente intitulada "Harvey Weinstein também é o meu Monstro".
Descrevendo que foi "abordada por jornalistas, através de diferentes meios, incluindo a minha querida amiga Ashley Judd, para falar sobre um episódio na minha vida que, embora doloroso, pensei que estava em paz", a atriz decidiu revelar agora as impressionantes e inapropriadas exigências que o produtor lhe fez durante a rodagem de "Frida" (2002).
Ashley Judd, vale a pena recordar, entrou no mesmo filme e deu a cara na denúncia contra o produtor num artigo explosivo no mesmo jornal a 5 de outubro que contribuiu para a sua queda em desgraça na indústria.
Na opinião de Salma Hayek, não havia nada que ele detestasse mais de ouvir do que a palavra "não", mas foi mesmo isso que aconteceu na relação entre os dois... quase até ao fim.
"Não a abrir-lhe a porta a todas as horas da noite, hotel atrás de hotel, local de rodagem atrás de local de rodagem, onde ele aparecia de forma inesperada, incluindo num local onde estava a fazer um filme em que ele nem sequer estava envolvido", recorda.
"Não a tomar um banho com ele. Não a deixá-lo ver-me a tomar banho. Não a deixá-lo dar-me uma massagem. Não a deixar uma amiga nua dele dar-me uma massagem. Não deixá-lo fazer-me sexo oral. Não a ficar nua com outra mulher", continua o impressionante relato.
Salma Hayek escreve ainda que acabou por ceder a uma alegada exigência: "Ele deixava-me acabar o filme se concordasse em fazer uma cena de sexo com outra mulher".
O dia da rodagem, acrescenta, foi complicado: "Não foi porque estaria nua com outra mulher. Foi porque estaria nua com ela para Harvey Weinstein. Mas não lhes podia dizer isso naquela altura".
"Frida", um filme biográfico sobre a pintura mexicana Frida Kahlo e Salma Hayek foi nomeada para o Óscar de Melhor Atriz, que perdeu para Nicole Kidman em "As Horas".
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