Rodar um filme cuja maioria da acção se passa no Vaticano pode não ser tarefa fácil dadas as reservas da Santa Sé no que respeita à recolha de imagens nas suas igrejas por qualquer associado de adaptações cinematográficas dos livros de
Dan Brown.
Mas os produtores da sequela para
«O Código da Vinci», usando as suas astutas estratégias, não são senhores para se deixarem intimidar e, por isso, enviaram uma série de operadores de câmara profissionais sob o disfarce de turistas para fazer o trabalho de uma forma mais clandestina e com câmaras que não levantassem suspeitas.
As mais de 250 mil fotografias recolhidas e as horas de filmagens feitas foram depois usadas para recriar digitalmente muitos dos edifícios papais, das fontes, dos monumentos e mesmo a Praça de S. Pedro.
O Supervisor de Efeitos Especiais do filme,
Ryan Cook, disse à revista de cinema Clak que, como seria difícil recolher as imagens necessárias para as reconstituições respeitando a proibição da Igreja, enviaram
«durante semanas uma equipa que se misturou com os turistas e recolheu milhares de fotos e vídeos».
Se o Vaticano já tinha banido o realizador
Ron Howard do seu território pela altura de «O Código Da Vinci», filme que despertou o ódio da Santa Sé por levar a crer que Jesus teria casado e tido filhos com Maria Madalena, esta recolha de imagens clandestina vai com certeza dar que falar nos próximos tempos.
«Anjos e Demónios» volta a ter Howard na cadeira de realizador,
Tom Hanks como protagonista e chega às salas de cinema portuguesas já no próximo dia 14 de Maio.
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