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Douro Film Harvest assumiu-se como o primeiro evento de cinema descentralizado do mundo. Este ano o festival tem como palco os concelhos de Alijó, Armamar, Régua e Porto. Organizado e produzido pela Expanding World, em parceria com a Entidade Regional Turismo do Douro, o festival conta com um orçamento de 200 mil euros, metade da edição anterior.
O presidente da Turismo do Douro, António Martinho, afirmou hoje à Lusa que o DFH está a ajudar a «afirmar a marca Douro a nível nacional e internacional».
«Mostra-se o cenário Douro à indústria do cinema e ao mesmo tempo contribui-se para divulgar o vinho produzido na região demarcada», salientou.
A cerimónia de abertura está marcada para um restaurante de Folgosa, em Armamar, e o encerramento decorre sábado, no Porto, com uma cerimónia de homenagem à convidada especial deste ano, a norte americana Bo Derek.
Antes disso a atriz vai passar pelo Douro e participar numa das vindimas que, por estes dias, decorrem na região duriense.
Bo Derek, que nasceu em 1956, ficou conhecida pelos filmes
«10, Uma Mulher de Sonho» ou «Bolero».
Esta edição vai ainda homenagear o escritor brasileiro
Jorge Amado, autor de livros como «Gabriela, Cravo e Canela» ou «Tieta do Agreste», através de uma tertúlia e a projeção de filmes. Em 2012 assinalam-se os cem anos do nascimento deste que foi um dos autores brasileiros mais traduzidos e que faleceu em 2001.
O presidente do festival, Manuel Vaz, salientou que esta edição vai ser marcada por uma maior aposta na temática vinhos e gastronomia, o que se traduz na abertura de duas novas secções em competição, a Wine Films e a Food Films. O programa inclui exibições diárias de filmes em locais fora de sala, como restaurantes, adegas ou hotéis.
Outra novidade é o concurso Curtas da Casa, uma competição de curtas-metragens com um prémio de 3.000 euros, que pretende estimular a produção e a exibição de filmes relacionados com o rio e o Douro Vinhateiro.
O objetivo é reforçar o papel do certame como plataforma de divulgação e de encontros entre cineastas. Durante os cinco dias, serão exibidos 23 filmes, dos quais vinte apresentam-se como estreias nacionais e um como estreia mundial.
A organização estabeleceu ainda uma parceria com o grupo Leya, que através do projeto Leya – Cultura on the Road vai trazer ao Douro escritores nacionais que participarão em tertúlias e conferências e apresentação de livros. Marcam presença Moita Flores, Tiago Rebelo, Inês Pedrosa ou Ana Sofia Fonseca.
No âmbito do Ano do Brasil em Portugal, do qual o DFH é um dos eventos oficiais, o dia de domingo vai ser exclusivamente dedicado à projeção de filmes brasileiros.
E, para António Martinho, esta parceria com o Brasil, que se repete pelo segundo ano, está a dar «resultado». «Há mais turistas brasileiros na região norte do país e há empresas que aumentaram as exportações para o Brasil», frisou.
Pelo DFH já passaram
Milos Forman,
Andie MacDowell,
Kyle Eastwood,
Cacá Diegues ou
Sophia Loren.
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