
Robert De Niro, o lendário ator de Hollywood e um crítico ferrenho do presidente norte-americano Donald Trump, disse que "estamos a lutar ferozmente pela democracia, que sempre demos como certa" nos EUA, durante um discurso na cerimónia de abertura do Festival de Cannes esta terça-feira, 13 de maio.
"A arte é inclusiva, une as pessoas, como nesta noite, a arte busca a liberdade, a arte inclui a diversidade e por isso a arte está ameaçada! Por isso somos uma ameaça para os autocratas e os fascistas deste mundo", disse o ator de 81 anos ao receber a Palma de Ouro honorária pela sua prolífica carreira.
O veterano ator descreveu Trump como um "inculto presidente americano" e criticou-o por cortar o financiamento de vários setores culturais.
"Agora ele está a anunciar tarifas de 100% sobre filmes produzidos fora dos EUA", continuou.
"Isso é inaceitável (...) e não é apenas um problema americano, é um problema global."

O duas vezes vencedor dos Óscares e uma estrela desde "Taxi Driver" em 1976 é um dos principais críticos do magnata republicano no mundo do cinema e insultou-o em diversas ocasiões.
Em Cannes e ainda com Quentin Tarantino no palco, que dirigiu De Niro em "Jackie Brown" (1997), Leonardo DiCaprio foi o responsável por lhe entregar o prémio honorário.

"Tenho a grande honra de estar aqui (...) para prestar homenagem a alguém que, para uma geração inteira de atores, foi um modelo, o nosso ídolo: Robert De Niro", elogiou.
As duas estrelas juntaram-se no ecrá inicialmente em "A Vida Deste Rapaz" (1993), de Michael Caton-Jones, e "Duas Irmãs" (1996), de Jerry Zaks.
Em 2023, os dois foram reunidos por Martin Scorsese em "Assassinos da Lua das Flores" e representaram o filme em Cannes.
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