A audição com
Francisco José Viegas tinha sido pedida em julho, por causa da situação financeira na empresa e da anunciada intenção de venda da maioria do capital social do Estado.

O Jornal de Negócios dá conta, na edição de hoje na Internet, que uma empresa angolana comprou a
Tobis por sete milhões de euros, mas fonte oficiais afirmaram à agência Lusa que a negociação está ainda a decorrer.

Segundo o Jornal de Negócios, a venda da Tobis foi concluída na quinta-feira, mas hoje, numa reunião com trabalhadores da empresa, o diretor do
Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) informou-os de que a venda da empresa «continua a decorrer», disse o delegado sindical da empresa, Tiago Silva.

«Os trabalhadores não foram, contudo, informados da identidade do comprador», acrescentou.

Contactada pela Lusa, fonte oficial da secretaria de Estado da Cultura apenas afirmou que a negociação da venda da Tobis continua a decorrer.

Os trabalhadores da Tobis estiveram concentrados esta manhã em frente à sede do ICA, em Lisboa, depois de a assembleia-geral de acionistas da empresa, marcada para hoje, ter sido suspensa, por 15 dias.

A assembleia, que deveria eleger novos corpos sociais, porque o conselho de administração está demissionário, foi remarcada para 7 de novembro a pedido do ICA, para que continuassem as negociações para a venda da Tobis.

Hoje durante a reunião com a direção do ICA, os trabalhadores da Tobis foram ainda informados que na próxima semana deverão receber o vencimento de setembro, estando também assegurado o pagamento do salário de outubro, disse Tiago Silva.

O secretário de Estado da Cultura (SEC), Francisco José Viegas, afirmou recentemente que o passivo da Tobis é de oito milhões de euros e que os trabalhadores da empresa seriam os primeiros a saber os resultados do negócio de venda da empresa.

Sobre a reunião de terça-feira com o SEC, Tiago Silva reforçou: «Gostávamos que o secretário de Estado nos desse a conhecer a identidade do comprador, uma vez que disse à comunicação social que nós seríamos os primeiros a ser informados».

@Lusa