Organizada pela ACOS – Associação de Agricultores do Sul, a feira vai decorrer, até domingo, no Parque de Feiras e Exposições de Beja, e espera receber “mais de 100 mil visitantes”, segundo a entidade promotora.

O cartaz musical inclui as atuações de Bárbara Bandeira (quarta-feira), Bandidos do Cante e After Nothing (quinta-feira), Slow J (sexta-feira) e Miguel Araújo (sábado), assim como DJ sempre após os concertos.

O tema da edição deste ano do certame é “+ Agricultura + Futuro”, com a reflexão a centrar-se na “importância da agricultura como motor de desenvolvimento sustentável frente aos desafios globais”, informou a ACOS, em comunicado.

As alterações climáticas e a preservação ambiental “face à necessidade de garantir e adaptar a produção alimentar a uma população mundial crescente” são dois dos desafios, indicou.

Outros, exemplificou, são a escassez de recursos e, no contexto nacional, problemáticas como o envelhecimento da população, incluindo a classe agrícola, ou o despovoamento das zonas rurais do interior.

“Uma das medidas refletidas no combate ao despovoamento é o recurso a mão-de-obra imigrante, sendo que a ACOS tem trabalhado, através da sua responsabilidade social, a mais adequada integração destes trabalhadores” e “tem dinamizado parcerias de reflexão e procura de soluções que melhor se adequem a esta problemática”, destacou.

Esta questão em concreto vai ser abordada num colóquio organizado pela ACOS, em parceria com a Incubadora Social do Baixo Alentejo, na quinta-feira, às 11h00.

Entre os vários debates previstos no programa do certame, outro dos colóquios em destaque, intitulado “+ Agricultura + Futuro”, vai ter lugar na sexta-feira, também promovido pela organização, abordando a renovação geracional no setor agrícola.

A produção agrícola associada às novas tecnologias e à Inteligência Artificial (IA) é um dos principais focos do tema principal desta 41.ª edição do evento, de acordo com a ACOS.

Por isso, o Pavilhão Inovação e Tecnologia, localizado no Campo da Feira, vai oferecer palestras e discussões centradas em projetos nacionais e internacionais e vai ser palco de quatro campos de demonstração de equipamentos tecnológicos de parceiros e expositores.

Para o presidente da ACOS, Rui Garrido, “é muito importante que a academia e os seus investigadores trabalhem em conjunto com os agricultores”.

Existe “a necessidade de aumentar a produção para alimentar mais pessoas no futuro, fazendo-o de uma forma cada vez mais sustentada, não só a nível económico, como ambiental. Isto exige um grande esforço, o uso de novas tecnologias, novos equipamentos, maior interligação com a ciência”, defendeu Rui Garrido, citado pela ACOS.

Considerada “a grande feira do Sul”, a Ovibeja, como é habitual, e ainda mais este ano, em que vão decorrer duas eleições – as legislativas de 18 de maio e as autárquicas em setembro ou outubro -, vai ser ‘palco’ para uma ‘romaria’ de políticos, que costumam passar pelo certame.