O grupo de Jorge Cruz, B Fachada, Bernardo Barata (dos Feromona), João Pinheiro e João Gil é um dos muitos que optaram, nos últimos anos, pelo português como idioma de eleição - à semelhança dos restantes companheiros de editora, a FlorCaveira.

Mas mais do que nas letras, o bilhete de identidade luso é comprovável na sonoridade, que junta a um rock dinâmico e directo marcas da música tradicional portuguesa.
Se os Franz Ferdinand ou os Strokes participassem num tributo a Fausto ou Vitorino, o resultado talvez não andasse muito longe do que se ouve em canções como "Corridinho do Verão", "Os Loucos Estão Certos" ou "Bom Tempo" - comparação que, ainda assim, peca por defeito face ao que o quinteto oferece em "Virou!", o seu disco de estreia, editado em finais de 2009.

Depois do álbum, um dos mais recomendáveis da editora - que confirmou as boas indicações do EP "Dona Ligeirinha" -, os Diabo na Cruz arrancaram este ano a suadigressão nacional, onde actuaram, por exemplo, no Cinema São Jorge, em Lisboa.
Na próxima quinta-feira, 24 de Junho, regressam à capital para um concerto no Miradouro de São Pedro de Alcântara, a partir das 22 horas, passando dois dias depois por Loulé no âmbito do Festival Med.

@Gonçalo Sá

"Dona Ligeirinha" (videoclip):

"Casamento" (ao vivo):