A exposição, produzida pela Fundação Amália Rodrigues e a produtora Uau, com o apoio do Museu Nacional do Teatro e da Dança, é apresentada nos “vários espaços do Teatro”, incluindo o palco e os bastidores, e “dá a conhecer a singularidade de Amália enquanto mulher e artista: cosmopolita – presença assídua nas mais importantes salas de espetáculo do mundo – e popular, no convívio com aqueles que a pretendiam conhecer”.
A mostra “dá a conhecer as diversas facetas de Amália Rodrigues, que vão desde o sucesso mundial, passando pelo seu vanguardismo e arrojo artístico, bem como o recato do seu camarim, não esquecendo as curiosidades menos conhecidas da sua carreira” e fez parte das celebrações do centenário do seu nascimento, em 2020, tendo já percorrido o país.
A exposição inclui quatro vestidos de cena da criadora de “Fado Português” (José Régio/Alain Oulman), manuscritos, fotografias, recortes de imprensa e um vídeo com declarações de Amália.
Amália Rodrigues (1920-1999), estreou-se em 1939, profissionalmente, no Retiro da Severa, em Lisboa. Em 1940 atuou em Madrid, ponto de partida de uma carreira internacional inédita que a levou a pisar diversos palcos do mundo, de Paris a Tóquio, passando por Nova Iorque, Rio de Janeiro e Roma. O estudioso do fado, Luís de Castro, salientou à agência Lusa o facto de "Amália Rodrigues se ter tornado um ícone da cultura portuguesa e a sua grande divulgadora, através do fado, além-fronteiras". "Amália Rodrigues é, sem dúvida, a nossa maior intérprete", frisou.
A fadista foi a primeira mulher a ter honras de Panteão Nacional, onde o seu corpo está sepultado desde 8 de Julho de 2001.
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