Em 2002, Manzarek reuniu-se com o guitarrista Robby Krieger para recuperarem os trabalhos da banda que ficou na história através do vocalista Jim Morrison (que morreu aos 27 anos e cuja campa, em Paris, é ainda hoje motivo de peregrinação) e dos vários álbuns, que venderam mais de 100 milhões a nível mundial, pontuados por presenças em bandas sonoras como a do filme “Apocalypse Now”, de Francis Ford Coppola.

Desde então, os dois membros fundadores da banda, em conjunto com o vocalista dos The Cult, Ian Astbury, passaram por Portugal, pelo menos, três vezes, atuando no Pavilhão Atlântico e no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e no Festival Marés Vivas, em Vila Nova de Gaia.

“Fiquei profundamente triste ao ouvir acerca da morte do meu amigo e companheiro de banda Ray Manzarek hoje”, afirmou Krieger, segundo comunicado publicado no Facebook.

O guitarrista acrescentou que ficava “contente por ter podido tocar canções dos Doors com ele durante a última década” e sublinhou: “Ray foi uma enorme parte da minha vida e vou sentir sempre a sua falta.”

"Ray Manzarek foi maior que a vida. Ele fará falta", afirmou Tom Vitorino, empresário do teclista, em declarações à AFP.

Slash, ex-guitarrista dos Guns N' Roses, foi um dos primeiros a homenagear o músico, ao escrever na sua conta do Twitter: "Descansa em paz, Ray Manzarek, faltam palavras".

Os teclados de Manzarek destacam-se em quase todas as canções importantes da carreira dos Doors desde “Alabama Song” a “Light My Fire” ou “Riders on the Storm”.

Em 1998, o teclista escreveu o best-seller sobre a sua vida na banda, intitulado "Light My Fire: My Life with The Doors" ('Light My Fire': A minha vida com o The Doors, em tradução livre). No filme "The Doors: O Mito de Uma Geração" (1991), de Oliver Stone, Manzarek foi interpretado por Kyle McLachlan.

De acordo com o comunicado, no momento da morte o músico encontrava-se acompanhado pela esposa, Dorothy Manzarek, e pelos irmãos Rick e James Manzarek, deixando um filho e três netos.

@Lusa e AFP

The Doors - "Light My Fire: