A estátua de cera do ator norte-americano Dwayne "The Rock" Johnson foi reinstalada na quarta-feira no Museu Grevin com uma nova cor que se ajusta mais ao seu tom de pele, após as queixas do próprio e dos fãs sobre a primeira versão, indicou o diretor-geral do museu.
"A sua personagem foi retirada na segunda à noite. Os nossos artesãos reforçaram o tom de sua pele durante a noite e ao longo do dia", declarou Yves Delhommeau à France-Presse.
"Dwayne Jonhson prometeu (...) passar pelo museu na próxima vez que estiver em Paris. Tomaremos uma boa taça de vinho juntos. Podemos fazer as correções que ainda queira", acrescentou.
"Trabalhámos durante mais de um ano na personagem de Dwayne Johnson, em particular para reproduzir as suas complicadíssimas tatuagens. Utilizámos fotografias porque o Dwayne não podia vir a Paris para finalizar a sua estátua", continuou o responsável pelo museu.
Durante o fim de semana, Johnson, de origem samoana e negro, recorreu ao humor nas redes sociais para comentar a a estátua de cera que o representa no museu, alegando que não se parecia com ele, particularmente em relação ao tom de pele e às características.
"Vou pedir à minha equipa que fale com nossos amigos do Museu Grevin, em Paris, França, para que trabalhemos numa atualização de minha estátua de cera com alguns detalhes e melhorias, começando com a cor da minha pele", escreveu o ator.
“E da próxima vez que estiver em Paris, vou visitá-la e tomar uma bebida comigo mesmo”, observou.
Johnson partilhou o vídeo que se tornou viral do comediante James Andre Jefferson Jr. que tinha ridicularizado a estátua de cera: "Conhecem o negro de origem samoana The Rock? É assim que acham que é o aspeto dele em Paris. Tornaram o The Rock [rochedo] num seixo [...] parece que The Rock nunca viu um dia de sol na sua vida. [...] Fizeram o The Rock ficar parecido com o David Beckham. Parece que The Rock está prestes a fazer parte da Família Real. Vocês pesquisaram-no sequer no Google?".
"Achámos a sua reação bastante amigável ao abordar que a sua estátua era de facto mais branca do que devia", disse Veronique Berecz, a principal relações públicas do museu, em declarações à revista Variety,
Esta responsável reforçou a questão de se ter recorrida a fotografias, "mas acontece que podem ser muito complicadas porque as nuances dos tons de pele podem diferir dependendo da iluminação”.
“O escultor tem sempre que determinar as formas exatas do rosto e do corpo, os volumes e é sempre um desafio muito complicado se não conhecemos a pessoa”, esclareceu.
Sobre as acusações de "branqueamento", esta responsável diz que isso nunca passou pela cabeça da equipa.
“Isto não tem nada a ver com isso – apenas fizemos um erro honesto com base nas fotografias que vimos. Após vermos todas estas reações em diferentes bloguess e redes sociais, mudámos imediatamente", salientou.
O Museu Grevin, que atrai 800 mil visitantes por ano, apresentou a escultura de Johnson nas redes sociais, mas a fotografia que deveria promover a nova peça gerou indignação entre os fãs do ator.
Em 2018, o Museu Grevin gerou reações similares com uma reprodução pouco favorável do presidente francês Emmanuel Macron.
A produção de esculturas do Grevin demora à volta de seis meses e custa entre 50 e 60 mil euros.
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