Armie Hammer não vai ser acusado de violação por falta de provas sólidas.

Em comunicado na quarta-feira, o Ministério Público de Los Angeles disse que colocou os seus investigadores mais experientes a analisar os indícios recolhidos pela investigação da polícia e decidiu não avançar com um processo, referindo a "complexidade do relacionamento" com a alegada vítima, uma antiga namorada.

Em janeiro de 2021, o nome de Hammer ficou envolvido num escândalo após uma conta anónima nas redes sociais ter revelado em janeiro de 2021 mensagens privadas alegadamente com detalhes gráficos sobre fantasias sexuais com antigas namoradas.

Em fevereiro de 2021, uma antiga namorada, identificada como "Effie", apresentou queixa à polícia de Los Angeles, alegando que o ator a violara "violentamente" durante "mais de quatro horas" em 2017.

Acrescentava que ele, que conhecera no Facebook em 2016, também "bateu repetidamente" a sua cabeça contra a parede e golpeou os seus pés com um chicote a tal ponto que ficara incapaz de andar e que fora "mentalmente, emocionalmente e sexualmente" abusada ao longo de um relacionamento de quatro anos.

Hammer desmentiu as acusações, dizendo que todas as relações foram completamente consensuais e que esteve várias vezes numa clínica de reabilitação.

Em comunicado, a Diretora do Departamento de Comunicações do Ministério Público de Los Angeles disse à imprensa norte-americana que “os casos de agressão sexual costumam ser difíceis de provar, e é por isso que designamos os nossos procuradores mais experientes para os analisar. Neste caso, os promotores conduziram uma análise extremamente completa, mas determinaram que, neste momento, não há provas suficientes para acusar o senhor Hammer de um crime”.

“Como procuradores, temos a responsabilidade ética de acusar apenas em casos que possamos provar além de qualquer dúvida razoável. Sabemos que é difícil para as mulheres denunciar a agressão sexual. [...] Devido à complexidade do relacionamento e à incapacidade de provar um encontro sexual forçado e não consensual, não podemos provar o caso além de qualquer dúvida razoável”, acrescentou.

Reagindo à decisão nas redes sociais, Hammer agradeceu ao Ministério Público "por conduzir uma investigação minuciosa e chegar à conclusão que eu sempre mantive ao longo deste tempo todo, a de que nenhum crime foi cometido" e que espera "começar o que será um processo longo e difícil de recompor a minha vida agora que o meu nome está limpo”.

Revelado pelo filme "A Rede Social" (2010), o ator viu a popularidade disparar com "Chama-me Pelo Teu Nome" (2017), mas foi despedido pela agência de talentos que o representava e perdeu todos os projetos com os estúdios de Hollywood após as revelações da conta anónima nas redes sociais e das acusações de abusos sexuais, emocionais e mentais da antiga namorada à polícia.

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