A iniciativa nasceu pela Associação Notas e Sinfonias Atlânticas (ANSA), que gere a OCM em conjunto com a delegação regional da Cruz Vermelha.

A presidente da ANSA, Vanda de França, reconheceu, na apresentação do evento, que o concerto serve essencialmente para homenagear as vítimas dos incêndios de agosto, mas com uma componente de solidariedade, já que a entrada é de livre acesso.

"No final do concerto, numa parceira entre a delegação regional da Cruz Vermelha e a ANSA estarão pessoas devidamente credenciadas para recolher os donativos", informou.

O concerto realiza-se na sexta-feira, 18 de novembro na Sé Catedral do Funchal pelas 21:30, acreditando Vanda de França que seja memorável pelo repertório escolhido.

"O requiem de Mozart, uma das obras mais importantes da história da música e é encerrado o concerto com o quarto andamento da nona sinfonia de Beethoven", disse.

Para o diretor artístico da OCM, Norberto Gomes, o concerto reflete a "excelência da programação da orquestra", ao escolher obras de referência.

Quem vai dirigir a orquestra será o maestro Artur Pinho Maria, também ele diretor artístico do coro que é composto por 53 elementos.

Afirmou nunca ter dirigido a OCM, considerando que "tem bons músicos" e acrescentou a principal razão pela qual se juntou a este projeto: "Não só [porque] fazermos boa música, mas também por uma causa nobre a que, nós músicos, estamos sempre atentos", afirmou.

O programa é composto pelo Requiem de Mozart (que foi concluído pelo seu aluno Franz Xaver Süßmayr, recordou o maestro) e pela 9.ª Sinfonia, "Coral", de Beethoven.

O maestro lembrou que muitos outros compositores escreveram requiens e sinfonias, mas a escolha dá ao concerto um aspeto de desafio: "Porque [se trata de] fazermos a nossa interpretação, a nossa leitura [de músicos] para aquele momento, que tem de ser mágico e único".

O concerto da OCM, que conta atualmente com um efetivo de 42 músicos, será transmitido em direto pela Antena1 Maadeira .