O festival literário, que reúne anualmente escritores de expressão ibérica, decorre na cidade do litoral norte do país até 22 de fevereiro, contando com a participação de 100 autores, incluindo 30 estreantes. Entre os convidados destaca-se o cabo-verdiano Germano Almeida, Prémio Camões 2018, autor do recém-lançado livro "Crime nas Correntes d’Escritas".

Parte da programação deste ano vai ser dedicada aos legados de Luís de Camões, de quem se assinalam os 500 anos do nascimento, e de Camilo Castelo Branco, escritor que, além de comemorar 200 anos, tinha forte ligação à Póvoa de Varzim, onde passava grandes temporadas.

Um dos momentos altos do Correntes d'Escritas será a atribuição do Prémio Literário Casino da Póvoa de Varzim, no valor de 25 mil euros, e que este ano tem a concurso 11 obras poéticas, de autores de língua portuguesa, de países como Portugal, Brasil e Angola.

O prémio, que é atribuído a novas obras em prosa ou poesia, em anos alternados, tem este ano a concurso livros de João Luís Barreto Guimarães, Luísa Freire, Andreia C. Faria, Adília Lopes (1960-2024), Jorge Gomes Miranda, João Melo, Ricardo Gil Soeiro, Paulo Tavares, Eucanaã Ferraz, Bernardo Pinto de Almeida e Nuno Júdice (1949-2024), sendo o vencedor conhecido no dia inaugural do evento (quarta-feira, dia 19).

Nesse mesmo dia terá lugar, no Cine-Teatro Garrett, palco central do evento, a conferência de abertura, proferida, este ano, por Hélder Macedo, poeta, romancista, professor e investigador literário português, radicado há vários anos no Reino Unido, que vai subordinar a sua intervenção ao tema “Luís de Camões: conhecer não ter conhecimento”.

Nesta 26.ª edição do Correntes d'Escritas serão reforçadas algumas das 'atividades-âncora' do certame, como feira do livro, exposições, sessões nas escolas e também a ida do evento às freguesias do concelho da Póvoa de Varzim, com a presença de escritores.