O velório realiza-se na terça-feira, a partir das 17:30, na capela da Basílica da Estrela. Na quarta-feira haverá uma missa às 10:00, seguindo o funeral para o cemitério do Alto de São João, em Lisboa.

O ator Camilo de Oliveira morreu em Lisboa, deixando uma carreira de quase setenta anos, no teatro e na televisão, em particular em comédia. Ausente dos ecrãs televisivos desde 2011, decidiu abandonar os palcos aos 90 anos.

Camilo de Oliveira nasceu a 23 de julho de 1924, em Buarcos, próximo da Figueira da Foz, curiosamente num camarote, durante uma digressão da Companhia de Teatro Rentini, onde atuavam seus pais. Aos cinco anos subiu ao palco pela primeira vez, mas a estreia profissional deu-se quando tinha 15 anos.

O ator fez parte de diversas companhias e atuou em vários palcos, designadamente nos teatros ABC e Variedades, no Parque Mayer, em Lisboa, no extinto Monumental, também na capital, no Sá da Bandeira, no Porto, entre outros.

Nestas décadas dedicadas ao riso, Camilo de Oliveira trabalhou muitas vezes em parceria, com atores como Beatriz Costa e Ivone Silva, Nuno Melo e António Feio ou Maria Emília Correia, a criar personagens como Agostinho ou Padre Pimentinha.

Com Ivone Silva, aliás, protagonizou um dos pares de maior sucesso da televisão, "Os Agostinhos", no programa "Sabadabadú", em 1981, na RTP.

Entre os seus sucessos, o ator realçava a comédia em dois atos "Um coronel", de Jean-Jacques Bricaire e Maurice Lasaygues, no Teatro Variedades, em Lisboa.

"Abaixo as Saias" (1958), "Ó Pá, Não Fiques Calado" (1963), "Alto Lá Com Elas" (1970), "As Coisas Que Um Padre Faz" (1976), "Aldeia da Roupa Suja" (1978), "Há Mas São Verdes" (1983), "Isto É Que Vai Uma Crise" (1992), "Camilo & Filhas" (1996) e "2008 - O Meu Rapaz é Rapariga" (2008) foram alguns dos seus sucessos.