Uma mulher que garante ter sido agredida sexualmente por Harvey Weinstein quando tinha 16 anos, em 2002, entrou com um processo na Justiça contra o famoso ex-produtor de cinema esta quinta-feira (19), após rejeitar um acordo fruto de uma ação civil coletiva.
A ação foi apresentada no tribunal estadual de Nova Iorque por Kaja Sokola.
À época dos factos relatados, ela acabava de chegar a Nova Iorque, procedente da Polónia, e sonhava com ser atriz ou modelo, disse o seu advogado, Douglas Wigdor, num comunicado.
Em 2018, Sokola juntou-se a um processo coletivo contra o magnata de Hollywood, sem revelar a sua identidade.
Quando, em 11 de dezembro, os advogados de Weinstein anunciaram que chegaram a um acordo de princípio com as supostas vítimas para resolver o processo coletivo, ela rejeitou os termos e decidiu apresentar uma nova ação judicial em seu nome.
Embora a agressão tenha acontecido há 17 anos, uma lei que entrou em vigor em agosto em Nova Iorque estendeu consideravelmente os prazos de prescrição para crimes de agressão sexual contra menores.
Segundo a ação de 23 páginas, a jovem Kaja Sokola foi apresentada em setembro de 2002 a Weinstein, que a convidou para almoçar alguns dias depois. Ele teria dado a entender que queria ajudá-la na carreira.
Em vez de levá-la para um restaurante, foram para a casa do produtor, onde a jovem garante que Weinstein a "aterrorizou e abusou sexualmente".
Hoje, Sokola, de 33 anos, trabalha como psicóloga e terapeuta na Polónia. O valor da indemnização que exige não foi divulgado.
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