Em dezembro do ano passado, a ópera já havia suspendido Levine, o seu maestro durante 40 anos, após as primeiras denúncias públicas.

Mesmo reformado desde 2016, Levine ainda era diretor musical emérito do Met e até dezembro continuava a trabalhar ocasionalmente como maestro.

Após uma investigação que incluiu entrevistas com mais de 70 pessoas, o Met disse que encontrou "provas confiáveis de que Levine teve uma conduta sexualmente abusiva e assediadora com artistas vulneráveis sobre os quais tinha autoridade, no início das suas carreiras".

O assédio e os abusos dos jovens aconteceram "antes e durante o período no qual trabalhou no Met", afirmou.

Mas o Met disse que não encontrou provas de encobrimento desse comportamento por parte da sua administração ou direção, e que essas acusações "não têm nenhum fundamento".

Desde que mais de uma centena de mulheres acusaram de assédio, agressão sexual ou violação o produtor de cinema e televisão Harvey Weinstein, em outubro passado, os Estados Unidos vivem uma onda de denúncias de abuso sexual que derrubaram homens poderosos em outras indústrias, da música à dança, da gastronomia à política, das finanças aos meios de comunicação.