
Organizado pela Trienal de Arquitetura de Lisboa, em 14.ª edição, o Open House tem como comissários convidados este ano a dupla de arquitetos Daniela Sá e João Carmo Simões, que decidiram criar "algo radical", como explicaram na apresentação do evento, no final de abril.
Por trás do conceito desta edição, que volta a durar um fim de semana, está a ideia da cidade "como sistema capaz de ligar tudo" e que "permite viver em comunidade", realçou, na altura, a arquiteta, acrescentando que as sugestões de visita da Open House "permitem compreender melhor essas infraestruturas que os interligam".
Nas estreias do roteiro da edição deste ano estão espaços marcantes da arquitetura da cidade como o Panteão Nacional, o Palácio Vilalva – Provedoria da Justiça e a sede do instituto Camões, mas também outros que se distinguem pela singularidade, como o Palácio Fronteira e o apartamento Casa no Castelo.
O Open House tem como objetivo gerar conhecimento e acessibilidade ao património da cidade através de visitas gratuitas a espaços emblemáticos e de reconhecido valor arquitetónico ou patrimonial, segundo a organização.
O programa inclui ainda percursos urbanos, com quatro novos trajetos, acompanhados por especialistas, as visitas especiais acessíveis a 21 espaços, passeios sonoros e outros dedicados ao público júnior.
Daniela Sá fundou, em 2016, em conjunto com João Carmo Simões, a editora Monade, especializada em publicações em torno da disciplina de arquitetura, algumas já premiadas a nível internacional.
Nesta edição também estarão no programa da Open House o ateliê de arquitetura RAR.STUDIO, o Edifício Santos Dumont, o Núcleo arqueológico da Rua dos Correeiros, o edifício Madalena 88, o Cemitério Britânico e a Igreja Anglicana de Saint George, a Galeria da Boavista e um apartamento na Rua Barbosa du Bocage.
Conceito criado em 1992 por Victoria Thornton, a rede Open House Worldwide conta hoje com mais de 60 cidades por todo o mundo, como Londres, Osaka, Tessalónica, Zagreb ou Buenos Aires.
Em Lisboa, o Open House acontece anualmente desde 2012 numa coorganização que junta a Trienal de Arquitetura de Lisboa e a Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural/Lisboa Cultura, propondo a "descoberta de espaços de diferentes naturezas que demonstram o papel decisivo da arquitetura na vida das pessoas e exemplificam o valor do património edificado", sublinha a organização.
Em 2023, o evento português passou a estar integrado no Open House Europe, um consórcio que reúne 11 organizações culturais, e que este ano se debruça no tema da arquitetura como ligação do passado, presente e futuro das cidades.
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