Numa queixa apresentada ao tribunal em Nova Iorque, o Met afirma que os casos aconteceram entre 1970 e 1999.

O documento afirma que o influente maestro utilizou repetidamente "a sua reputação e posição de poder para atacar e abusar de artistas".

A prestigiosa ópera exige pelo menos 5,85 milhões em perdas e danos, alegando que Levine provocou "um significativo dano económico e de reputação" à instituição.

A queixa não menciona as vítimas dos supostos abusos, mas descreve o caso de um músico - que tinha apenas 16 anos quando teve início o alegado abuso em 1986 - supostamente pressionado por Levine para participar em sessões de masturbação mútua, a quem terá pago 50.000 dólares ao longo de vários anos.

Em outro caso, a acusação indica que, quando transportava um cantor para casa após uma audição, Levine trancou as portas do carro e "começou a agarrá-lo e beijá-lo" contra a sua vontade. Depois disso, colocou o intérprete num "prestigiado" programa do Met.

Nove pessoas acusaram, de modo público ou anónimo, o diretor por abuso sexual.

A medida do Met pretende refutar as acusações de Levine num processo após a sua demissão em março. O maestro cita ruptura de contrato e difamação.

No seu processo exigiu do Met a quantia de 5,8 milhões de dólares de indemnização. Levine nega todas as acusações.

Após 40 anos como diretor do Met, Levine aposentou-se oficialmente após a temporada 2015-16 por razões de saúde. Mas continuava como diretor musical honorário e tinha regressado diversas vezes para dirigir a orquestra.