Os 'Mossos d'Esquadra', a polícia da região da Catalunha, informou este domingo que o balanço de detidos nos distúrbios de sábado foi de 14 pessoas.
O protesto foi um dos mais violentos desde a detenção do rapper a 16 de fevereiro: os manifestantes destruíram agências bancárias, saquearam lojas, incendiaram uma viatura policial e atacaram um hotel.
A condenação dos atos foi quase unânime: do primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez ao presidente em funções da região da Catalunha, o independentista Pere Aragonés, passando pela presidente da câmara de Barcelona, Ada Colau.
"Inaceitáveis os atos de vandalismo e violência esta noite em Barcelona", assinalou Pedro Sánchez nas redes sociais.
O único que não fez críticas à violência foi o pequeno partido independentista de extrema-esquerda CUP. Esta formação é crucial para a posse de um novo governo separatista na Catalunha após as eleições regionais de 14 de fevereiro e exige, em troca do apoio, a dissolução da unidade antidistúrbios da polícia.
Os protestos começaram no dia 16 após a detenção do rapper Pablo Hasél, de 32 anos e natural de Lérida (Catalunha), condenado a nove meses de prisão pela acusação de enaltecer o o terrorismo.
Em mensagens no Twitter e canções, o músico, que tem outros antecedentes penais, chamou de "mafioso" o rei emérito Juan Carlos I, elogiou pessoas envolvidas em atentados e acusou a polícia de matar e torturar migrantes e manifestantes.
O caso provocou um debate sobre a liberdade de expressão em Espanha e provocou protestos de jovens em todo o país, especialmente violentos na Catalunha, onde quase 140 pessoas foram detidas.
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