Encerrado desde 2015, o espaço da biblioteca terá agora uma área de 2.000 metros quadrados, com 332 lugares sentados, contra os 110 de que dispunha antes, e irá funcionar no mesmo horário, acrescentou Catarina Vaz Pinto, vereadora da Cultura da Câmara de Lisboa, numa visita guiada à imprensa.

O investimento de 2,5 milhões de euros foi repartido por 1,9 milhões em obras no edificado e 600 mil euros em equipamento, indicou. Segundo a vereadora, antes das obras, esta biblioteca contava com 600 utilizadores por dia.

Prestes a fazer 86 anos, que completará a 5 de julho, a biblioteca do Palácio Galveias conta agora com 121.500 documentos dos 141.000 de que dispunha antes das obras. Os restantes - quase 19.500 documentos - foram, entretanto, repartidos por outras bibliotecas da rede municipal de Lisboa, disse ainda a responsável pelo pelouro municipal da Cultura.

Com “mais luz, mais moderna e dotada de mobiliário de design”, este é um espaço que Catarina Vaz Pinto quer de aprendizagem ao longo da vida, como se pretende das bibliotecas modernas, um espaço que possa funcionar fora de horas, com condições para a realização de acontecimentos, como apresentação de livros, mesmo fora das horas em que está aberta, referiu Catarina Vaz Pinto.

Computadores para acesso à internet, uma loja das bibliotecas, dois balcões de empréstimo de livros, uma máquina de auto-empréstimo, que permite devolver documentos fora da hora de expediente, e um sistema de inventariação de documentos por barra magnética são outras das ofertas de que o novo espaço dispõe.

Segundo a vereadora, este sistema de inventariação, bastante dispendioso e que existe apenas na Biblioteca da Fundação Calouste Gulbenkian e na de Loures, permite ainda detetar se os documentos estão ou não bem arrumados.

O Palácio Galveias tem ainda previsto lançar um processo de aprendizagem para os sem-abrigo, que possa envolver a elaboração de currículos, entre outras atividades.

No dia da reabertura, será descerrada, no Palácio Galveias, uma lápide em homenagem à mentora do Plano Nacional de Leitura, desde 1998, Maria José Moura, uma das pessoas “que mais fez em Portugal para que as bibliotecas fossem locais abertos ao público e não locais eruditos”, observou a vereadora.

No mesmo dia será ainda assinado o protocolo de adesão da Câmara Municipal de Lisboa à rede de leitura pública.

Em 1986, a pedido da então secretária de Estado da Cultura, Teresa Gouveia, Maria José Moura, da Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, com Teresa Calçada, Pedro Vieira de Almeida e Joaquim Macedo Portilheiro, do antigo Instituto Português do Livro, criaram as bases de uma rede nacional de bibliotecas públicas municipais, que conta atualmente com mais de 200 equipamentos, em todo o país.

A biblioteca do palácio Galveias, uma das nove ‘bibliotecas-âncora’ das 17 que compõem a rede municipal de Lisboa, é a maior da rede em termos de acervo, ainda que a de Marvila seja maior em área física.

Como em qualquer biblioteca moderna, Catarina Vaz Pinto pretende que a das Galveias seja também um “catalisador da economia”, razão pela qual refere que pode vir a ser utilizada para atividades que estimulem a economia.

O jardim da biblioteca manterá o quiosque existente naquele espaço, que ainda não está concessionado, mas privilegiará alguém que também assuma programação para o local.

Os pavões é que não voltam a passear-se pelos jardins do Palácio Galveias. As aves foram colocadas no Museu de Lisboa - Palácio Pimenta, porque se refugiavam nos túneis do parque de estacionamento vizinho, na rua do Arco do Cego, e causavam acidentes, segundo a vereadora da Cultura.

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