Paulo Ribeiro foi nomeado diretor artístico da CNB em novembro de 2016, e, segundo um comunicado da tutela da Cultura, "cessa funções por decisão pessoal".

Sofia Campos, que exercia desde janeiro de 2015 as funções de vogal do conselho de administração do Teatro Nacional D. Maria II, irá assumir as funções na direção artística da CNB a partir de 01 de setembro, de acordo com a mesma nota.

No comunicado, o Ministério da Cultura agradece a Paulo Ribeiro "toda a sua colaboração, dedicação e empenho, e dá as boas vindas a Sofia Campos, desejando-lhe os maiores sucessos".

Paulo Ribeiro "desenvolveu um trabalho focado no alcance de novos públicos, na descentralização e na recuperação de repertório existente, assim como na criação de novos espetáculos, convidando coreógrafos inéditos no repertório da companhia", acrescenta a tutela sobre o coreógrafo.

A futura diretora artística da CNB, Sofia Campos, é formada em Dança pela Escola Superior de Dança), em Gestão das Artes na Cultura e na Educação pela Escola Superior de Educação Jean Piaget e tem um mestrado em Práticas Culturais para Municípios pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Sofia Campos assumiu a função de diretora de produção e responsável de difusão na RE.AL, estrutura dirigida pelo coreógrafo João Fiadeiro, de 2003 a 2011, indica uma nota curricular divulgada pelo Ministério da Cultura.

Depois de ter integrado as equipas de produção nos festivais Danças na Cidade em 1997 e 2002, regressou em 2011 como diretora de produção ao então Alkantara Festival.

Bailado: ensaio geral de

Enquanto codirectora da Alkantara - associação cultural, assumiu de 2012 a 2014 as funções de administradora e assessora artística.

Ao longo do seu percurso profissional tem mantido contacto regular com diversos teatros e festivais nacionais e internacionais e colaborado com estruturas, artistas e projetos de diferentes áreas artísticas: dança, teatro, artes visuais, vídeo e cinema, ao nível da consultadoria de produção e gestão.

Lecionou Produção em Artes Performativas na Escola Superior de Dança, Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa, Restart e CEM (Centro em Movimento).

Paulo Ribeiro, 58 anos, nascido em Lisboa, é reconhecido como um dos destacados nomes da geração da Nova Dança Portuguesa, e fundou a própria companhia em 1995, tendo sido o último diretor artístico do Ballet Gulbenkian, entre 2003 e 2005, antes da extinção daquela companhia.

Quando foi convidado para a CNB desempenhava as funções de diretor-geral e de programação do Teatro Viriato, em Viseu, que tinha assumido em 1998.

Começou por fazer carreira como bailarino em várias companhias belgas e francesas, e a estreia enquanto coreógrafo deu-se em 1984, em Paris, no âmbito da companhia Stridanse, da qual foi cofundador.

De regresso a Portugal, em 1988, começou por colaborar com a Companhia de Dança de Lisboa e com o Ballet Gulbenkian, também em Lisboa.

Paulo Ribeiro foi comissário para a Dança em Coimbra 2003 – Capital Europeia da Cultura.

Em 1999, recebeu o Prémio Almada do Instituto Português das Artes do Espetáculo, pelo trabalho desenvolvido no Teatro Viriato, em 2005, o Prémio Bordalo da Casa da Imprensa, pela sua ação como diretor da Companhia que instalou no Teatro Viriato, e, em 2009, foi considerado o Coreógrafo Contemporâneo, no 1.º Portugal Dance Awards, e recebeu o Prémio do Público, no Dance Week Festival, na Croácia.

Em 2010, recebeu o Prémio de Melhor Coreografia da Sociedade Portuguesa de Autores pela peça "Paisagens – onde o negro é cor".