Farhadi elogiou as "mulheres progressistas e corajosas que lideram os protestos pelos direitos humanos", no seguimento da morte de Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia policial.

"Pedem direitos simples, mas fundamentais, que o Estado lhes nega há anos", disse Farhadi, numa mensagem de vídeo publicada no Instagram.

"Esta sociedade, especialmente estas mulheres, percorreu um caminho duro e doloroso até chegar a este ponto", acrescentou.

Segundo o balanço oficial, pelo menos 41 pessoas morreram nos protestos após a morte da jovem, detida por, alegadamente usar o véu de forma "inapropriada". Grupos de direitos humanos dizem, no entanto, que o número de vítimas fatais é muito maior.

"Eu vi-os de perto nestas noites. A maioria é muito jovem, de 17 ou 20 anos", acrescentou Farhadi.

"Vi a indignação e a esperança nos seus rostos e na forma como marchavam pelas ruas. Respeito profundamente a sua luta pela liberdade e pelo direito de escolher o seu próprio destino, apesar de toda brutalidade a que estão submetidas", completou.

Conhecido por filmes que lidam com os desafios da vida quotidiana, o cineasta ganhou o Óscar de melhor filme estrangeiro por "A Separação", em 2011, e "O Vendedor", em 2016.

"Convido todos os artistas, cineastas, intelectuais, ativistas dos direitos civis em todo mundo (...) todos que acreditam na dignidade humana e na liberdade, a solidarizarem-se com as poderosas e corajosas mulheres e homens do Irão, fazendo vídeos, escrevendo, ou de qualquer outra maneira", insistiu.

Tudo o que se passa à frente e atrás das câmaras!

Receba o melhor do SAPO Mag, semanalmente, no seu email.

Os temas quentes do cinema, da TV e da música!

Ative as notificações do SAPO Mag.

O que está a dar na TV, no cinema e na música!

Siga o SAPO nas redes sociais. Use a #SAPOmag nas suas publicações.