Rui Maia é o elo de ligação que agora combina todas as suas qualidades numa estreia a solo, com o lançamento do seu álbum "Fractured Music". E uma vez que as novidades não ficam por aqui, fomos saber um pouco mais sobre este novo projeto.

SAPO On The Hop: De onde surgiu esta ideia de tentar abordar algo diferente na tua música?

Rui Maia (RM): Para mim, fazer música é sempre um prazer e um desafio. Normalmente procuro uma sonoridade que ainda não explorei, que acho que encaixará bem dentro do meu universo musical. Este disco, com esta estética, estava na minha cabeça há cinco anos, E só agora é que tive tempo e inspiração para o concretizar.

Estando envolvido em outros projetos com colaborações, sentiste falta de ter algo só teu?

RM: Trabalhar sozinho ou com colaboradores são opções diferentes. Gosto dos dois mundos. O que acontece é que este disco representa mais o meu lado como DJ. A sonoridade é mais ou menos a mesma, assim como a estrutura dos temas é mais baseada em música de dança com introduções longas e quebras intencionais para resultarem na pista.

Sabemos que todo o processo de produção foi feito em tempo recorde e com meios old school. Explica-nos o porquê desta tua opção.

RM: A ideia foi de, com o mesmo material que uso nos X-Wife e em Mirror People, criar algo novo e diferente: procurar sons mais rudes e batidas mais fortes. Não cair na rotina dos sons que conheço bem. O processo foi bastante fluído e sem qualquer pressão comercial. A ideia do gravador de fita foi para dar um lado mais sujo, saturado e orgânico ao disco - tornar o trabalho mais "humano", uma vez que as peças fundamentais do disco são máquinas.

Consideras que o teu processo de produção influenciou a tua escolha sobre os formatos disponíveis para o lançamento do álbum?

RM: De certa forma, influenciou. A ideia inicial era lançar o disco só em cassete. Com o tempo, percebi que tinha a hipótese de fazer também edição em vinil, que é o formato que gosto mais. Então decidi arrancar para esses dois formatos e para o mais atual -  o digital, mais virado para a internet. O disco soa diferente nos 3 formatos (digital, cassete e vinil), o que acho curioso, como se as canções ganhassem outra vida dependendo do formato.

"Everything is Changing" é o teu primeiro single deste álbum. O que te levou à sua escolha?

RM: Penso que o single representa bem a sonoridade do disco, e é um bom cartão de visita. É também a canção que acho mais 'acessível' e que pode deixar curiosidade a um maior número de pessoas.

O feedback, em geral, tem sido muito positivo, mas sentes-te mais nervoso quando estamos a falar de algo exclusivamente teu? A pressão é maior?

RM: Penso que é a mesma coisa. Como artista, naturalmente, quero que os meus discos sejam bem sucedidos, mas para já o feedback tem sido mesmo muito bom. Fico muito grato que o disco esteja a conquistar tantas mentes.

Estás mais ocupado que que nunca, com todos os teus projetos no ativo e com imenso sucesso. Como descreverias esta fase da tua vida?

RM: Acho que estou em crescimento. Naturalmente, viciado em música como sou, vou continuar a trabalhar neste ritmo, a criar novas coisas e a desenvolver os meus projetos. Há mais histórias para contar em breve.

Tudo o que se passa à frente e atrás das câmaras!

Receba o melhor do SAPO Mag, semanalmente, no seu email.

Os temas quentes do cinema, da TV e da música!

Ative as notificações do SAPO Mag.

O que está a dar na TV, no cinema e na música!

Siga o SAPO nas redes sociais. Use a #SAPOmag nas suas publicações.