Em declarações à Lusa, o diretor do festival, João Marques, disse que a 40.ª edição do evento tem uma “programação de luxo” e salientou esperar que o público corresponda, como “tem correspondido” nos últimos anos, esgotando as salas.
“Em 1979, no verão, nós aqui no Norte não tínhamos nenhuma atividade similar. A criação do festival foi muito importante porque o festival não só se realizava só na Póvoa, mas em todo o Norte do país nos primeiros anos. De modo que isso criou um público específico, alargámos horizontes e depois, auxiliados pelas escolas vocacionais que foram sendo criadas, conseguimos criar um público muito interessado e jovem”, afirmou João Marques.
A conferência inaugural do festival que se prolonga até 28 de julho vai ter lugar no Cine-Teatro Garrett, sexta-feira às 21:45, com entrada livre, subordinada ao tema “Vianna da Motta e a Construção de uma Identidade Musical Portuguesa”.
Até 28 de julho, o festival vai levar à Póvoa de Varzim, no distrito do Porto, a estreia em Portugal do Quarteto de Cordas Vision e do agrupamento La Fonte Musica, para além de nomes como o pianista Arcadi Volodos, a violinista Isabelle Faust, o Ensemble Zefiro, entre outros.
No sábado, às 21:45, a Igreja Matriz da Póvoa de Varzim vai acolher o regresso a Portugal do músico e maestro catalão Jordi Savall, que vai dirigir o concerto com o mexicano Tembembe Ensamble Continuo e o coletivo Hespèrion XXI, apresentando depois o seu mais recente trabalho, “Bailar Cantando – Fiesta Mestiza en el Perú”.
No domingo, o conjunto belga Vox Luminis apresenta, na Igreja Matriz, “um programa dedicado à família Bach, em Arnstadt”, segundo a organização, que sublinha a direção do concerto a cargo de Lionel Meunier.
Na terça-feira, o Cine-Teatro Garrett recebe o pianista português Pedro Burmester, que vai interpretar obras de Chopin, Schubert e Lopes-Graça.
Entre muitos outros concertos da programação, no dia 19 de julho, o Quarteto Verazin e o pianista Sérgio de A. vão tocar obras dos compositores finalistas do Concurso Internacional de Composição da Póvoa de Varzim e estrear uma nova peça para quarteto de cordas de António Pinho Vargas, uma encomenda do festival.
O Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim é organizado pela Associação Pró-Música da Póvoa de Varzim, com o apoio da Câmara Municipal local e da Direção-Geral das Artes (DGArtes), para além de vários mecenas.
No âmbito do programa de apoio sustentado da DGArtes, a Associação Pró-Música da Póvoa de Varzim foi apoiada com 336 mil euros para 2018 e 2019, sem que receba financiamento para 2020 e 2021.
Apesar disso, João Marques salientou que se trata do festival mais apoiado pela DGArtes, numa "constatação" do trabalho que tem sido desenvolvido pela associação.
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