Michael Fassbender interpreta um viciado em sexo no filme «Vergonha», que inaugura hoje a secção oficial da 32ª edição do Fantasporto - Festival Internacional de Cinema do Porto, que se prolonga até 4 de março na Invicta.
A nova colaboração do realizador Steve McQueen com o intérprete Michael Fassbender deu origem a um dos filmes mais elogiados e polémicos da temporada, que abre hoje a competição oficial do Fantasporto.
A 32.ª edição do Fantasporto ficou sem secção Orient Express, num ano em que 71 por cento da programação é europeia, com cinco antestreias mundiais e várias homenagens a clássicos, disseram hoje os organizadores.
O Fantasporto 2012 vai contar com 27 países representados, o maior número de sempre, e vai acolher a antestreia mundial de «A Moral Conjugal» de Artur Serra Araújo, disse o diretor à Agência Lusa.
O filme de Elbert Van Strien conquistou o Grande Prémio do Fantasporto enquanto «The Housemaid» e «I Saw the Devil» venceram, respectivamente os troféus principais das secções Semana dos Realizadores e Oriente Express.
A seguir à entrega de prémios do Fantasporto é exibida a sessão de encerramento do festival, um filme fantástico passado na Idade Média e protagonizado por Nicolas Cage.
Anthony Hopkins é um exorcista neste «thriller» sobrenatural de terror realizado pelo cineasta de «1408», que mergulha no lado mais negro da fé e da religião cristã.
O grande vencedor dos Goyas de 2009 chega ao Fantasporto, com Javier Fesser a assinar um filme baseado na história verídica de Alexia González-Barros, uma menina que morreu aos 14 anos de cancro, em 1985, e está em processo de canonização.
Uma genial história de amor, dura e sem redenção, com Ricardo Darín que esteve na Selecção Oficial Un Certain Regard do Festival de Cannes 2010 e é mais uma prova da vitalidade do cinema argentino.
O mestre sul-coreano Kim Woon Jee, vencedor do Fantasporto em 2004 com «A História de Duas Irmãs – A Tale of Two Sisters» regressa com um conto sobre vingança.
Depois de «Titus», Julie Taymor volta a aplicar a sua imaginação delirante ao universo de Shakespeare, adaptando desta vez a última obra do bardo, «A Tempestade».
Um dos filmes mais arrepiantes dos últimos anos vem da Sérvia e é apresentado hoje no Fantasporto, após um percurso recheado de polémica devido à extrema violência das suas imagens.
Baseado numa muito célebre série de banda desenhada francesa, esta aventura fantástica na Paris do início do século XX marca o regresso ao Fantasporto do cinema de Luc Besson, que venceu o Grande Prémio do certame com «O Último Combate».
Hilary Swank protagoniza um «thriller» ao lado de Jeffrey Dean Morgan e Christopher Lee no filme que marca a abertura da competição oficial do Fantasporto.
O apelido não engana. João Dorminsky é filho de Beatriz Pacheco Pereira e Mário Dorminsky, directores do Fantasporto, e diz que o festival é parte do seu ADN.
Na 31ª edição do Fantasporto não vai haver convidados internacionais de renome. A culpa é da falta de dinheiro mas nem por isso a organização considera que o Festival Internacional de Cinema do Porto está menos apelativo.
«Remake» do célebre «Guerra ao Vírus da Loucura» que George A. Romero assinou em 1973, o novo filme de Breck Eisner volta a colocar um vírus letal à solta, na fita que marca o encarramento do Fantasporto.
É o terceiro filme da célebre saga japonesa «cyberpunk» de Shinya Tsukamoto, que arrancou em 1989 com «Tetsuo, o Homem de Ferro», e é agora falado em inglês.
António Pascoalinho conheceu o Fantasporto em 1983. Na terceira edição do festival, o então estudante da Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa resolveu ir ao Porto para conhecer um certame centrado no seu género favorito: o cinema fantástico.
É o regresso à longa-metragem de António Ferreira, realizador de «Esquece Tudo o que Te Disse», na adaptação de uma obra de José Saramago que já queria filmar há 15 anos.
O Fantasporto chama-lhe «o blockbuster mais sexy do ano», até por ser uma épica história de amores proibidos, com rigoroso fundo histórico, assinada por um realizador que também é poeta.