O juiz federal em Wisconsin William Duffin disse que Dassey, de 27 anos, deveria ser libertado da prisão, enquanto a Procuradoria recorre do veredicto de agosto passado, que reverteu a condenação contra ele.

Rapidamente, o procurador-geral em Wisconsin, Brad Schimel, anunciou que interporá um recurso para impedir que o réu seja libertado.

Dassey e o seu tio Steven Avery, de 54 anos, foram condenados a uma pena de prisão perpétua, depois de terem sido acusados e condenados pelo homicídio da fotógrafa Teresa Halbach, de 25 anos, em 2005.

"Making a Murderer", popular série lançada na Netflix em dezembro do ano passado, retrata a investigação frustrada, ou simulada, sobre o caso, assim como vários elementos que levam a pensar que Dassey e Avery foram presos injustamente.

A decisão do juiz Duffin expôs, principalmente, a defesa desastrosa que Dassey teve em 2006, a cargo do advogado Leonard Kachinsky.

A conduta do advogado de Dassey, então com 16 anos e de limitado coeficiente intelectual, foi "indefensável", de acordo com o juiz.

Depois do lançamento da série na Netflix, cresceram os pedidos para libertar o jovem e o seu tio, ao ponto de a Casa Branca receber uma petição com mais de 130.000 assinaturas, pedindo o perdão presidencial.

A Casa Branca respondeu que os dois acusados não foram condenados num processo federal mas sim pelo sistema judiciário de Wisconsin. Por esse motivo, o presidente não lhes poderia conceder o indulto.