Roger Moore estreia-se como 007 e marca para sempre a personagem celebrizada por
Sean Connery, contrariando a crítica da altura. O resultado foi um James Bond mais elegante, leve, sensível e divertido e um sucesso de bilheteira. Dirigido por
Guy Hamilton e lançado no auge do movimento blacksploitation, que despontou nos EUA na década de 70 e cujos filmes se destinavam ao público afro-americano,
«Live and Let Die» é o primeiro 007 a incluir atores de ascendência africana e diversos elementos desta cultura.
Na sequência da morte de três agentes britânicos, Bond enfrenta Mr. Big (
Yaphet Kotto), barão da droga de Harlem que decide distribuir gratuitamente duas toneladas de heroína para arruinar os seus rivais e monopolizar o negócio. Na realidade, o magnata é o Dr. Kananga, diplomata que governa a fictícia ilha de San Monique, nas Caraíbas, onde detém plantações de papoilas. Diabolicamente brilhante, afasta os intrusos defendendo o culto do vodu e gere a complexa organização com base nas previsões sempre certeiras da bela taróloga Solitaire (
Jane Seymour).
Mas entre fantásticas perseguições aquáticas e fugas engenhosas, o agente secreto do MI6 arrebata o coração da jovem e destrói toda a estrutura do traficante. Sobrevive apenas o lendário Barão Samedi, espírito da morte na crença vodu de San Monique.
Lurdes Santos
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