A caminho dos
Óscares 2025
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“Ainda Estou Aqui” atingiu mais um marco histórico: passou os 300 mil espectadores nos cinemas portugueses.
Ao sétimo fim de semana de exibição, entre 27 de fevereiro e 2 de março, levou mais 17 mil e 610 espectadores aos cinemas, ficando em segundo lugar entre os mais vistos, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA).
Desde a estreia a 16 de janeiro, o filme de Walter Salles protagonizado por Fernanda Torres foi visto por 306 013 espectadores, reforçando a posição como o filme brasileiro mais popular nos cinemas portugueses desde que existem registos oficiais (2004, o ano a seguir a "Cidade de Deus").
O valor deverá crescer ainda mais nas próximas semanas: na madrugada desta segunda-feira em Portugal, "Ainda Estou Aqui" recebeu o Óscar de Melhor Filme Internacional, num feito histórico para o cinema brasileiro pois foi a primeira vitória em 97anos e após quatro nomeações na categoria sempre a sair de mãos vazias.
A distinção é tanto mais impressionante porque o favoritismo era de "Emília Pérez", que chegou à grande noite de Hollywood a liderar com 13 nomeações (um recorde para um filme não falado em inglês).
Havia ainda mais duas nomeações: Melhor Atriz e Melhor Filme, ambas perdidas para "Anora", com Fernanda Torres a ser passada por Mikey Madison na sua categoria, uma das poucas surpresas da noite (a favorita era Demi Moore por "A Substância").
"Ainda Estou Aqui" remete para o período da ditadura militar do Brasil (1964-1985), recuperando a história do político Rubens Paiva (Selton Mello), que foi preso, torturado e morto, e da mulher, a ativista Eunice Paiva (Fernanda Torres).
O filme baseia-se no livro homónimo, de memórias, do escritor Marcelo Rubens Paiva, filho de ambos, relatando não só a repressão e os atos de tortura sofridos pelo pai – cujo corpo nunca foi encontrado – como também a capacidade de superação e resistência da mãe até ao final da vida.
VEJA O TRAILER.
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