Argumentistas de cinema e televisão sindicalizados votaram de forma esmagadora pela marcação de uma greve nos EUA, caso um novo acordo de contrato com melhores salários, entre outras questões, não seja alcançado com os produtores.
De acordo com um ‘email’ enviado esta segunda-feira aos membros, o comité de negociação do Writers Guild of America referiu que quase 98% dos 9.218 votantes autorizaram a greve, com quase 79% dos membros do sindicato a votarem.
“Os nossos membros falaram. Expressaram a sua força coletiva, solidariedade e a procura por mudanças significativas através de números esmagadores”, realça o comité no ‘email’, citado pela agência Associated Press (AP).
O contrato de três anos dos argumentistas termina em 1 de maio e os líderes podem pedir uma paralisação no dia seguinte, mas podem estender o prazo caso os dois lados estejam próximos de um acordo.
As negociações são relativas a salários, capacidade dos argumentistas trabalharem em diferentes programas durante o tempo de inatividade de outros projetos e, de acordo com a revista Variety, o uso de inteligência artificial no processo de criação.
A Alliance of Motion Picture and Television Producers, que negocia para estúdios, serviços de streaming e produtoras, destacou em comunicado esta segunda-feira que “um voto de autorização de greve sempre fez parte do plano do WGA, anunciado antes mesmo das partes trocarem propostas”.
“A sua inevitável ratificação não deveria ser surpresa para ninguém”, referiu.
“O nosso objetivo é, e a continua a ser, chegar a um acordo justo e razoável”, acrescentou ainda.
Os argumentistas votaram por uma autorização de greve praticamente semelhante em 2017, tendo sido alcançado um acordo na altura, antes que a greve fosse convocada.
Este setor entrou em greve pela última vez em 2007.
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