Sete anos após o primeiro filme e quatro depois do último, Dakota Johnson abriu (parte) do livro e faz revelações sobre a rodagem "psicótica" de "As Cinquenta Sombras de Grey".

A intérprete de Anastasia Steele diz mesmo que fazer toda a trilogia se tornou complicado por causa "da autora dos livros" ou seja, E.L. James, que tinha um contrato que lhe dava um grande controlo sobre as adaptações finais e apenas aprovaria uma versão que ficasse muito próxima das famosas frases do livro, por sentir que só isso seria aceite pelos fãs.

As histórias circulavam há vários anos: a Sam Taylor-Johnson desistiu de fazer os outros dois filmes após disputas públicas com a autora dos livros, E.L. James, sobre o controlo artístico, que a levaram inclusivamente a dizer que se sentiu "algemada criativamente".

Ainda em 2015, a argumentista Kelly Marcel, que adaptou o primeiro livro para o grande ecrã, confessou que não viu o filme e estava de coração partido porque era uma versão muito diferente da que escreveu, de "compromisso" com a escritora.

"Assinei contrato para fazer uma versão muito diferente do filme que acabámos por fazer. [E.L. James] tinha imenso controlo criativo, todo o dia, a cada dia, e exigiu que acontecessem certas coisas. Havia partes dos livros que não simplesmente não funcionaram num filme, como o monólogo interior, que por vezes era incrivelmente piroso. Não funcionaria dizê-lo em voz alta. Foi sempre uma batalha. Sempre. Quando fiz o teste para esse filme, li um monólogo de 'A Máscara' [Ingmar Bergman, 1966] e fiquei tipo, 'Ah, isto vai ser muito especial'", recordou Dakota Johnson à revista Vanity Fair.

Foi o próprio marido de E.L. James que assinou as adaptações dos outros dois livros e a atriz diz que a produção de toda a trilogia "tornou-se algo louco", acrescentando: "Houve muitos desentendimentos diferentes. Nunca consegui falar sobre isso com sinceridade, porque queres promover um filme da forma certa e estou orgulhosa do que acabámos por fazer e tudo acaba da forma que é suposto, mas foi complicado”.

“Nós fazíamos as tomadas do filme que [a James] queria fazer, e depois fazíamos as tomadas do filme que queríamos fazer. Na noite anterior, eu reescrevia cenas com o diálogo antigo [da versão de Kelly Marcel] para adicionar uma linha aqui e ali. Era como um caos o tempo todo", destacou.

Apesar das polémicas de bastidores, Johnson não guarda ressentimentos à escritora ou à própria saga que a tornou uma estrela: “Se soubesse na altura que seria assim, acho que ninguém teria feito isto. Teria sido como, 'Ah, isto é psicótico'. Mas não, não me arrependo. Há coisas que ainda não posso dizer porque não quero prejudicar a carreira de ninguém e não quero estragar a reputação de ninguém, mas tanto o Jamie [Dornan] como eu fomos muito bem tratados. [James] é uma mulher muito simpática e sempre foi gentil comigo e estou grata por querer que eu estivesse nesses filmes".

"Foi ótimo para nossas carreiras. Tão incrível. Tão afortunada. Mas foi estranho. Tão, tão estranho", concluiu.

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