
Dean Norris é um dos protagonistas de "The Parenting", da Max, filme com um elenco de luxo. Na longa-metragem que se estreia esta quinta-feira, 13 de março, o ator tem ao seu lado Nik Dodani, Brandon Flynn, Brian Cox, Edie Falco, Lisa Kudrow, Parker Posey e Vivian Bang.
Em conversa com o SAPO Mag e com vários jornalistas, Dean Norris começa por confessar que aceitou de imediato o papel e que teve a certeza que seria "um filme divertido para fazer". "Estava ansioso. Tenho tentado fazer mais comédia desde 'Breaking Bad', que foi, obviamente, muito dramático. Fiquei entusiasmado com o guião. Achei que era engraçado e pensei que podia, sabes, fazer o meu tipo. Fazer o meu tipo funcionar", explica. "E depois, fiquei a saber quem mais entrava no filme. E pensei: 'oh, ok. Lisa Kudrow. Muito bom'. Ela é uma das pessoas mais engraçadas do ramo, se me perguntares", elogia o ator.
A "comédia hilariantemente assustadora", acompanha o jovem casal Rohan, personagem e Nik Dodani, e Josh (Brandon Flynn) enquanto planeiam uma escapadinha de fim de semana perfeita no campo para apresentar os seus pais. À medida que as tensões começam a aumentar entre os mais tradicionais Sharon (Edie Falco) e Frank (Brian Cox) e os tranquilos Liddy (Lisa Kudrow) e Cliff (Dean Norris), as famílias depressa se apercebem de que a casa que alugaram — gerida pela excêntrica residente local Brenda (Parker Posey )— é assombrada pela presença de um poltergeist de 400 anos.
"Quando um dos pais fica completamente possuído, cabe ao jovem casal e à sua intrometida melhor amiga Sara unir as famílias e travar a entidade maléfica de uma vez por todas", resume a Max.
"O terror é do género de 'Stranger Things', como nos anos 80"

Para Dean Norris, o novo filme da Max, realizado por Craig Johnson e escrito por Kent Sublette, "equilibra na perfeição horror e humor". "O terror é do género de 'Stranger Things', como nos anos 80. Há uma sensação de real dos anos 80 nas coisas de terror. E a comédia... Trabalhei com actores fantásticos, que são grandes comediantes. A Lisa Kudrow é tão engraçada como se pode imaginar. A Parker Posey, a Edie Falco... todos eles são comediantes brilhantes", destaca.
"Acho que é uma óptima combinação. É um filme divertido, porque juntar o humor e o terror, penso eu, é uma espécie de combinação única. Bem, neste caso, é único para o nosso filme, mas acho que é isso que o torna realmente divertido", frisa o protagonista em conversa com o SAPO Mag.
Além de Lisa Kudrow, Parker Posey ou Edie Falco, "The Parenting" conta com Brian Cox, que protagoniza algumas das cenas mais hilariantes do filme e [spoiler alert] fica nu. "Posso garantir-vos que não foi um duplo. Não sei como é que o realizador conseguiu. O realizador conseguiu que ele ficasse nu, mas isso é uma questão para ele. Infelizmente, tive de me sentar lá e ver, o que já foi bastante difícil", graceja Dean Norris.
"Adorei a cena em que a minha personagem salva a mulher do cão raivoso"

Mas não é apenas Brian Cox que protagoniza cenas hilariantes. "Adorei a cena em que a minha personagem salva a mulher [Lisa Kudrow] do cão raivoso e se voluntaria para lhe enfiar o dedo no rabo. Porque é isso que faço pela mulher que amo. Enfio um dedo no rabo de um cão raivoso por uma mulher que amo", brinca o ator.
As gravações do filme também foram um desafio para o elenco, especialmente as cenas "com os monstros". "Do ponto de vista cinematográfico, o maior desafio foi não ver os efeitos especiais. Não consegues ver nenhum dos monstros ou as outras coisas. Essa é provavelmente a coisa mais desafiante. Temos de olhar para um ponto qualquer e assumir que é uma coisa realmente assustadora, porque todas essas coisas são adicionadas mais tarde. Diria que essa é a parte mais difícil de fazer um filme como este", explica o protagonista de "The Parenting".
Mas Dean Norris também não teria recusado interpretar um pai ao estilo de Walter White. "Claro que faria o papel de um pai como o Walter White. Quem é que não o faria?", frisou, lembrando uma entrevista de Vince Gilligan, showrunner de "Breaking Bad", que deseja que sejam criadas "mais personagens boas" porque "os vilões ficaram demasiado apelativos".
"Acho que ele disse também que é mais fácil escrever personagens más e que, como ator, é divertido. E não sei se é mais fácil, mas é certamente divertido interpretar personagens más. Mas senti-me encorajado ao ouvir o que ele disse sobre isso. E espero que vejam algumas boas personagens neste filme. Por isso, sim, sabes, sentes-te sempre atraído pelos maus da fita", confessa.
"Acho que cunharam o termo 'binge watching' para 'Breaking Bad'"

Para o ator, "Breaking Bad" foi um marco na televisão e nos serviços de streaming. "Acho que cunharam o termo 'binge watching' para 'Breaking Bad' na Netflix. Por isso, a série foi literalmente o ponto crucial da passagem da televisão normal para o streaming, porque, muito francamente, a Netflix ajudou a projetar a nossa série a muito mais pessoas em todo o mundo - muitas mais do que aquelas que alguma vez a teriam visto apenas localmente, no AMC. Por isso, acho que está sempre a evoluir", defende.
"Já ando por cá há demasiado tempo. Vi quando passou de, 'oh, os vídeos vão matar os filmes'... e depois, 'oh, os DVDs, e depois, oh, sabes, blá, blá, blá'. Vai sempre expandir-se. A distribuição vai mudar e expandir-se à medida que avançamos. Por isso, tenho a certeza de que a IA pode piscar um olho e dizer: 'Deixem-me ir para a cama'", diz Dean Norris.
Na conversa com os jornalistas, o ator recorda ainda que tem um restaurante, o the Swing Inn Cafe and BBQ, nos Estados Unidos, inspirado em "Breaking Bad". "Não faço hambúrgueres, mas como um pouco do nosso fantástico churrasco feito pelo meu grande 'Pitmaster'. Gosto muito, tem sido ótimo. Estou nesta cidade há 22 anos e queria ter algo que me fizesse investir na minha comunidade local e que os meus filhos pudessem ter. Por isso, tem sido um espetáculo. Tem sido divertido. Está a correr muito bem. E temos pessoas da Austrália, acreditem ou não, que vêm cá para comer", conta, em modo empresário.
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