Segundo a mesma fonte,
Carlos Saura foi distinguido pelo seu trabalho em
«Fados», reconhecido como «ponte entre as duas culturas». O filme, rodado em 2007, contra, entre outros, com a participação de Mariza, Cuca Roseta, Camané, Carlos do Carmo, Vicente da Câmara, Miguel Poveda, Lila Downs e Caetano Veloso.

O tema «Fado da saudade», de Fernando Pinto do Amaral na música do fado menor em versículo, de Alfredo Marceneiro, interpretado por Carlos do Carmo, tinha sido já distinguido em 2008 com o Prémio Goya para a Melhor Canção Original, pela Academia espanhola das Artes Cinematográficas.

O júri foi «constituído por [seis] personalidades de reconhecido mérito cultural» de Portugal e Espanha, segundo nota da Secretaria de Estado da Cultura, e esteve hoje reunido no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Integraram o júri a escritora e diretora da Casa Fernando Pessoa,
Inês Pedrosa, o escritor
João de Melo e a escritora e editora da revista Egoísta
Patrícia Reis, pelo lado português, enquanto os jurados espanhóis são a presidente da Fundação Saramago,
Pilar del Río, o diretor do Instituto Cervantes em Lisboa,
José Maria Martín Valenzuela, e a conselheira da Cultura da Junta da Extremadura,
Trinidad Nogales.

O Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura, de periodicidade bienal, foi instituído por protocolo assinado pelos Ministérios da Cultura de Portugal e de Espanha, em 2006, e tem como finalidade «distinguir um autor, pensador, criador ou intérprete vivo, ou ainda uma pessoa coletiva sem fins lucrativos, que, por intermédio da sua ação na área das artes e cultura, tenha contribuído significativamente para o reforço dos laços entre os dois Estados, e para um maior conhecimento recíproco da criação ou do pensamento», lê-se no comunicado.

O poeta
José Bento, em 2006, o professor de Filologia Galega e Portuguesa
Perfecto Quadrado, em 2008, e o arquiteto
Siza Vieira, em 2010, foram já distinguidos com o galardão ibérico, que tem o valor de 75.000 euros e é constituído por um troféu da autoria de Fernada Fragateiro.