O cineasta Jaime Humberto Hermosillo, um dos principais nomes do novo cinema mexicano, morreu esta segunda-feira (13), aos 77 anos, informou o governo mexicano.

"Faleceu um dos grandes cineastas [mexicanos], Jaime Humberto Hermosillo. Filmes como 'La Tarea', 'Naufrágio' e 'María de mi corazón' são parte essencial da filmografia nacional", escreveu a secretária de Cultura, Alejandra Fausto, na rede social Twitter.

Com mais de quatro décadas de trajetória, Hermosillo obteve destaque como realizador, mas foi também editor, argumentista, produtor e até mesmo ator.

O cineasta mexicano cresceu numa família conservadora de classe média, situação projetada na sua filmografia ao desafiar as convenções e os códigos morais da época.

Alguns dos seus principais filmes são "La tarea" (1990) e sua sequela "La tarea proibida" (1992), obras que desafiaram a moralidade conservadora e causaram polémica pelo seu conteúdo sexual.

Hermosillo também foi professor na Escola de Artes Audiovisuais da Universidade de Guadalajara, e fundou a Mostra de Cinema mexicano em Guadalajara, um festival importante na América Latina.

Guillermo del Toro, o vencedor dos Óscares com "A Forma da Água", lamentou a morte do seu "mestre" e definiu Hermosillo como "um homem digno, valente, transgressor e coerente".

"Um dos grandes e uma das pessoas que transformou a cultura filmica em Guadalajara. Jaime Humberto Hermosillo sempre um homem digno, corajoso, transgressor e coerente. Ver 'La pasión según Berenice' fez-me acreditar que podia ser um cineasta na província", recordou.

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