Tintin, Astérix e Lucky Luke são os heróis da banda desenhada europeia que mais vezes foram adaptados ao cinema, tanto em animação como em imagem real. A estreia de
«Os Smurfs» esta semana, baseado numa BD belga criada por Peyo, e de
«As Aventuras de Tintin: O Segredo do Licorne» em outubro, baseado noutra banda desenhada belga mas criada por Hergé, vem recordar-nos que o cinema não se limitou a ir buscar inspiração aos super-heróis norte-americanos no que aos quadradinhos diz respeito.

Efetivamente, há um longo historial de adaptações, umas mais conseguidas que outras, e muito poucas com a capacidade de ofuscar os méritos da obra que lhe serviu de inspiração. Desde
«Le Crabbe aux Pinces d'Or», uma longa-metragem de 1947 em animação em «stop-motion» baseada no álbum «O Caranguejo das Tenazes de Ouro», de Tintin, até aos modernos de
«A Maldição do Faraó: As Aventuras de Adèle Blanc-Sec»,
«Persépolis» ou
«Gainsbourg - Vida Heróica», a BD europeia tem servido de base para os mais diversos filmes com as mais diferentes sensibilidades.

O eixo franco-belga ainda é o que mais filmes continua a inspirar, embora o Reino Unido também tenha a sua força (
«A Lei de Dredd» ou
«Tamara Drewe»), bem como a Itália, que noutros tempos viu chegar ao cinema de algumas adaptações da sua produção de BDs mais popular, em fitas como
«Danger: Diabolik» ou «Kriminal».