Venham daí menos dramas e mais comédias!

Como se sabe, Gary Oldman ganhou o Óscar de Melhor Ator no domingo.

Muitos acreditam que o prémio não foi só pela interpretação de Winston Churchill em "A Hora Mais Negra", mas também pela carreira com mais de 30 anos onde se nota que existem muitos dramas e está muito mal representado um género.

"Adoraria fazer uma comédia, mas ninguém em Hollywood pensa em mim dessa forma", revelou ao jornal The Sun.

"Nesta cidade as pessoas precisam de nos ver fazer algo antes de dizerem 'Ah, ele consegue fazer aquilo'.", acrescentou o ator de 59 anos.

"Fiz comédia uma vez, mas foi uma daquelas coisas que nunca estreou, mas pensei 'Aqui está o meu momento'", revelou, referindo-se a "Tiptoes" (2003), "despachado" para DVD após receber reacções pouco entusiásticas em dois festivais apesar de ter ainda no elenco Matthew McConaughey, Kate Beckinsale, Patricia Arquette e Peter Dinklage.

Gary Oldman garantiu ainda que só é preciso ver a interpretação dele num filme muito mais conhecido, realizado por Francis Ford Coppola, para encontrar o seu lado mais cómico: "Basta olhar para 'Drácula de Bram Stoker' [1992] para saber que consigo possivelmente fazer comédia. Era 'kitsch.".

"Mas precisamos mostrar-lhes e eles têm de ver. Se dançamos e cantamos, eles reagem 'Oh, meu deus. Não fazia ideia que ele conseguia dançar e cantar'. Se somos engraçados, eles dizem 'Não fazia ideia que ele podia ser engraçado'", esclareceu.

"Quando comecei a trabalhar no teatro entrávamos em musicais, comédias e dramas. Era tipo que aceite que se podia fazer todas essas coisas", recordou.

"Mas nos filmes eles gostam de nos manter naquela caixa. Mas talvez agora as coisas mudem. Estamos sempre à mercê da indústria", garantiu.