Até há alguns anos, ganhar um Óscar em fevereiro ou março garantia que se seguiria, caso ainda não fosse membro, um convite quase "automático" no verão seguinte para se juntar à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
No entanto, as regras têm vindo a ser aperfeiçoadas.
Primeiro, os comités que representam as 17 divisões da Academia (Atores, Realizadores, etc.) fazem a revisão das candidaturas que são apresentadas por pessoas que desejam juntar-se à Academia e também têm o poder de identificar e convidar profissionais por sua iniciativa.
A seguir, as listas são apresentadas ao Conselho de Governadores, com representantes eleitos desses comités, que aprova ou não as seleções e faz os convites públicos.
Quem aceita passa a poder votar para escolher os nomeados na respetiva categoria da divisão a que se juntou e depois para eleger todos os premiados dos Óscares.
Foi aqui que Kobe Bryant "descobriu" que não foi suficiente ter ganho na última cerimónia o Óscar de Melhor Filme de Animação com "Dear Basketball": foi praticamente "desconvidado" na fase final.
Segundo uma notícia do Cartoon Brew confirmada depois pela Variety, ele foi uma das pessoas propostas pelo comité de curtas-metragens e filmes da animação, mas o Conselho de Governadores discordou e rescindiu o convite.
Num carta ao comité, a justificação foi que a lenda do basquetebol precisa ter uma carreira significativa antes de justificar o convite: "Dear Basketball", baseada num ensaio que escreveu ao anunciar a sua retirada do desporto, foi a sua estreia no género.
De nada serviu ao representante das curtas no Conselho defender que Kobe Bryant manifestou a intenção de continuar nesta nova carreira.
Os mesmos critérios justificaram que Adele e Sam Smith, outros vencedores do Óscar à "primeira tentativa" nos últimos anos, ainda não tenham sido convidados para se juntar à Academia.
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