De "Pretty Woman: Um Sonho de Mulher" a "O Casamento do Meu Melhor Amigo" e "Notting Hill", só para ficar pelos clássicos, as comédias românticas tornaram Julia Roberts uma super estrela de cinema durante a década de 1990.

No entanto, o último filme do género na carreira foi o pouco memorável "O Par do Ano" (2001), ao lado de John Cusack, Catherine Zeta-Jones e Billy Crystal.

Seguiram-se pequenas aparições em "Dia dos Namorados" (2010) e "Um Dia de Mãe" (2016), mas "Ticket to Paradise", ao lado de George Clooney, que chega aos cinemas no outono, é a primeira comédia romântica como protagonista em 21 anos.

Apesar de ter diminuído o ritmo na carreira, a atriz garante que não andou a tentar evitar o género e as duas décadas de intervalo não tanto uma escolha voluntária, "mas mais não encontrar algo que me interessasse. Fiquei surpreendida com a rapidez com que os anos pareceram passar".

"Às vezes, as pessoas interpretam mal a quantidade de tempo que passou sem fazer uma comédia romântica como se não quisesse fazer uma. Se eu tivesse lido algo que achasse que era ao nível de escrita de ‘Notting Hill’ ou da diversão maluca de ‘O Casamento do Meu Melhor Amigo’, teria feito. Não existia até este filme que acabei de fazer que o Ol Parker escreveu e dirigiu", explicou numa entrevista ao jornal The New York Times.

Ainda assim, Julia Roberts esteve quase a rejeitar "Ticket to Paradise" porque achava que só podia funcionar com George Clooney, amigo e colega de muitos anos, uma dupla que se juntou na trilogia "Ocean´s Eleven" (2001-2007) e no drama "Money Monster" (2016), mas que, para frustração dos seus fãs, nunca tinha coincidido nas comédias românticas.

O filme do mesmo realizador de "Mamma Mia! Here We Go Again" coloca os atores como um casal divorciado que junta forças e viaja para o Bali para impedir a sua filha de repetir o erro que eles acham que fizeram há 25 anos.

A atriz respondeu afirmativamente quando o jornal lhe perguntou se o seu afastamento do género se devia mesmo a não ter encontrado "um único argumento bom".

"Não podem ser 20 anos, podem? Eis a coisa: se achasse que algo era suficientemente bom, teria feito. Mas também tive três filhos nos últimos 18 anos. Isso eleva ainda mais a fasquia, porque não é apenas 'Este material é bom?' É também a equação matemática do horário de trabalho do meu marido e o horário escolar das crianças e as férias de verão. Não é apenas 'Ah, acho que quero fazer isto'. Tenho um grande orgulho por estar em casa com a minha família e considerar-me uma dona de casa", explicou.