Maximilian Schell faleceu durante a noite de sexta para sábado «em consequência de uma doença grave e repentina», declarou a sua agente Patricia Baumbauer. O ator sentiu-se indisposto a 18 de janeiro em Kitzubuhel, no oeste da Áustria, onde participava numa filmagem para o canal alemão ZDF, segundo a agência austríaca APA. Schell tinha deixado o hospital na terça-feira passada.
Nascido em Viena e exilado com os pais na Suíça depois da Áustria ter sido anexada pelos nazis em 1938, Maximiliam Schell regressou à Áustria depois da guerra. Maximilian e a sua irmã mais nova, Maria Schell, foram dois atores europeus que conseguiram espaço em Hollywood.
Em 1958, estrou-se em Hollywood com
«O Baile dos Malditos» e logo no filme seguinte,
«Julgamento de Nuremberga» (1961), recebeu o Óscar de Melhor Ator pelo papel de advogado de um criminoso de guerra nazi, do realizador
Stanley Kramer, no qual contracenou com
Marlene Dietrich,
Burt Lancaster,
Spencer Tracy e
Richard Widmark.
Depois, seria ainda nomeado ao Óscar de Melhor Ator por «O Homem das Duas Faces» (1976) e de Melhor Ator Secundário por
«Júlia» (1977), e quando se virou para a realização treve também sucesso, com dois dos seus filmes a serem nomeados à estatueta de Melhor Filme Estrangeiro: «Erste Liebe» (1970) e «Der Fußgänger» (1973). «Topkapi» (1964), «A Cruz de Ferro» (1977),
«Uma Ponte Longe Demais» (1977)
«O Abismo Negro» (1979) são outros dos filmes em que participou.
Durante muito tempo à sombra da irmã Maria, Maximilian Schell deu os primeiros passos como ator num teatro da Basileia, na Suíça, aos 23 anos.
Sempre permaneceu fiel aos palcos e atuou nos últimos anos em teatros de Nova York, onde apresentou em 2000 uma versão de «O Julgamento de Nuremberga», e de Londres, onde em 2006 participou na peça de Arthur Miller «Resurrection Blues», dirigida pelo cineasta americano Robert Altman.
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