"Queremos partilhar a notícia de que a nossa mãe, o nosso exemplo, faleceu. Partiu em paz, sem sofrer, e cercada pelo amor dos seus entes", informaram Carlos, Mónica e Javier numa nota publicada no Twitter de Carlos na noite de sábado.
A atriz morreu depois de não ter conseguido superar "uma crise respiratória" pela qual esteve hospitalizada vários dias numa clínica, refere a agência Efe. A espanhola sofria de graves problemas respiratórios desde 2013.
Nascida em Sevilha em 1939, Pilar Bardem era filha de um casal de atores e irmã do conhecido cineasta Juan Antonio Bardem. A linhagem artística não parou aí e os seus três filhos também se dedicaram à representação, alcançando, no caso de Javier, fama internacional com o Óscar pelo seu papel em "Este País Não É Para Velhos", dos irmãos Coen.
Com dezenas de filmes, peças de teatro e séries, Pilar tinha uma carreira sólida em Espanha, onde ganhou o Prémio Goya de Melhor Atriz Secundária por 'Nadie hablará de nosotras cuando hayamos muerto', de Agustín Díaz Yanes, em 1995. Também foi nomeada ao galardão de Melhor Atriz, pelo papel em "María querida", de José Luis García Sánchez, em 2004.
Com fortes convicções progressistas, a sua faceta de ativista também era conhecida, tanto em causas solidárias como pela melhoria das condições do sindicato de atores.
“Ela deixa-nos o seu enorme legado no cinema, no teatro e na televisão. Mas a grande Pilar Bardem era, antes de tudo, uma defensora da igualdade, da liberdade e dos direitos de todas e todos”, assinalou nas redes sociais o chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez. Demonstrações de carinho pela atriz sucederam-se durante a noite, procedentes de todas as esferas da cultura, principalmente do cinema espanhol.
Pilar Bardem também era sogra de Penélope Cruz, mulher de Javier Bardem.
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