Anne V. Coates, a editora que ganhou um Óscar pelo épico "Lawrence da Arábia" (1962), faleceu aos 92 anos.
A notícia foi partilhada esta quarta-feira pela Academia Britânica de Cinema e Televisão.
A britânica tornou-se lendária pela montagem, uma área em que poucas mulheres são conhecidas.
O trabalho no épico de David Lean, é estudado nas escolas de cinema. "Lawrence da Arábia" contava a história do enigmático e contraditório T.E. Lawrence (Peter O´Toole), que em 1916, era um jovem tenente do exército britânico no Cairo e cujos feitos que o tornaram coronel e uma lenda três anos mais tarde.
Vencedor de sete Óscares, incluindo Melhor Filme, é descrito como o épico dos épicos a que só o grande ecrã faz justiça, influenciando realizadores como Spielberg, Scorsese e tantos outros.
Anne V. Coates começou como estagiária nos lendários Pinewood Studios e o primeiro crédito formal foi pela montagem de "As Aventuras de Pickwick" (1952).
Na carreira, que lhe valeu um Óscar honorário já em 2016, surgem ainda títulos como "Becket" (1964), "Os Gloriosos Malucos das Máquinas Voadoras" (1965), "Um Crime no Expresso do Oriente" (1974), "O Homem Elefante" (1980), "Na Linha de Fogo" (1993), "Romance Perigoso" (1998), "Erin Brockovich" (2000) e até "As Cinquenta Sombras de Grey" (2015).
Casada com o realizador britânico Douglas Hickox até à sua morte em 1988, os seus filhos seguiram o "negócio da família": Anthony e James Hickox são realizadores, enquanto Emma E. Hickox também seguiu a montagem (um dos créditos recentes foi por "Mães à Solta 2").
O discurso de Anne V. Coates em novembro de 2016 ao receber o Óscar pode ser visto nesta ligação.
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