Morreu Danny Aiello, celebrizado pelas personagens de origem italiana. Tinha 86 anos.

A notícia, confirmada entretanto por uma porta-voz, foi avançada pelo TMZ, que indica que ocorreu ontem à noite num hospital em New Jersey, atribuindo a causa a uma infeção súbita.

Descendente de italianos, Danny Aiello destacou-se como ator secundário incontornável do cinema americano desde a década de 70 e até ao fim da vida, inevitavelmente em personagens de mafiosos, corruptos e racistas, mas também algumas de bom coração.

Além do cinema, foi também músico, gravando vários álbuns no início do século, e o "pai" da Madonna no videoclip "Papa Don’t Preach".

Após a estreia ao lado de Robert De Niro em "Toca o Tambor Devagar", em 1973, tornou-se um dos mais rostos mais familiares do grande público graças a filmes como "O Padrinho: Parte II" (1974) (era Tony Rosato, que tentava estrangular Frank Pentangeli), "O Feitiço da Lua" (1987) e principalmente "Não Dês Bronca" (1989).

Pelo potente retrato de tensão racial urbana de Spike Lee, um dos maiores filmes americanos dos últimos 30 naos, conseguiu a sua única nomeação para os Óscares: era a sua personagem, Salvatore “Sal” Frangione, o dono de uma pizzaria, que originava um dia explosivo de motins em Brooklyn após recusar colocar fotografias de estrelas negras na "parede da fama" do seu estabelecimento.

Nas redes sociais, Spike Lee recordou que "fizémos cinema juntos" e partilhou várias imagens, incluindo a do último encontro, a 30 de junho, no 30º aniversário do filme.

Outros títulos essenciais da filmografia de Danny Aiello são "Melodia para Um Assassino", "Fort Apache, the Bronx", "Era Uma Vez na América", "A Rosa Púrpura do Cairo", "Léon, o Profissional" e "City Hall - A Sombra da Corrupção", bem como a minissérie "The Last Don".