O dramaturgo e argumentista Ronald Harwood faleceu aos 85 anos de causas naturais, confirmou o seu agente à BBC esta quarta-feira (9).
O britânico ganhou o Óscar de Melhor Argumento Adaptado por "O Pianista", de Roman Polanski (2002), sobre o brilhante pianista polaco judeu Wladyslaw Szpilman, que testemunhava a invasão nazi e a deportação da sua família para os campos de concentração, que conseguia escapar e sobreviver .
Também foi nomeado para as estatuetas na mesma categoria por "The Dresser" ("O Companheiro" em Portugal), em 1983, e "O Escafandro e a Borboleta", em 2007.
Ronald Harwood era também considerado um dos mais conceituados dramaturgos do pós-Segunda Guerra Mundial.
Entre os temas temas frequentes estavam o mundo do espetáculo e dos bastidores com os seus atores e artesãos, como mostram por exemplo "The Dresser" e "Quarteto" (que também adaptou ao cinema e foi o seu último trabalho, um filme realizado por Dustin Hoffman).
O mesmo aconteceu com a sua adaptação do romance de W. Somerset Maugham "Being Julia", que se chamou em Portugal "As Paixões de Júlia" (2004) e valeu a Annette Bening a nomeação para os Óscares.
Para o cinema, também escreveu os argumentos adaptados de "Oliver Twist" (2005), também de Roman Polanski;"A Versão Browning" (1994), com Albert Finney; e "O Amor nos Tempos de Cólera" (2007), com Javier Bardem.
Foi ainda um dos vários argumentistas que contribuíram para o épico "Austrália" (2008), de Baz Luhrmann, com Nicole Kidman e Hugh Jackman.
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