O caso remonta a 3 de abril de 2006, quando o realizador
John McTiernan foi acusado de mentir ao FBI numa conversa telefónica sobre uma investigação envolvendo Anthony Pellicano, então um investigador privado de Los Angeles de métodos pouco limpos. McTiernan terá então negado que contratara Pellicano para gravar secretamente os telefonemas do produtor Chuck Roven, com quem ele trabalhara no filme
«Rollerball», de produção muito conturbada.

Quando o FBI apresentou provas da ligação de McTiernan a Pellicano, o primeiro confessou-se culpado em tribunal a 17 de abril do mesmo ano, embora depois tenha tentado voltar atrás.

Em 2010 voltou a declarar-se culpado para poder ter a possibilidade de recorrer, embora tenha sido aí condenado a uma multa de 100 mil dólares e a uma pena de quatro meses de prisão, que conseguiu não ter de cumprir. Depois de muitas reviravoltas processuais, o Supremo Tribunal norte-americano recusou o recurso e condenou John McTiernan a um ano de prisão efetiva mais três de liberdade condicional.

O advogado de McTiernan diz que ainda vai tentar a possibilidade do juíz reduzir ou eliminar a pena, por nunca terem sido apresentadas provas de que Pellicano tenha efetivamente colocado escutas a Roven, porém os especialistas consideram qualquer alteração pouco provável, uma vez que as acusações ao cineasta são de mentir ao FBI e não de utilizar escutas ilegais.

Pellicano, por seu turno, foi condenado a 15 anos de prisão em 2008, por crimes diversos.

John McTiernan, de 62 anos, realizou filmes tão populares como
«Predador»,
«Assalto ao Arranha-Céus»,
«A Caça ao Outubro Vermelho»,
«O Último Grande Herói» e
«O Caso Thomas Crown». A sua fita mais recente é
«Básico», de 2006.

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