Ian McKellen sabe muito bem qual foi a "pior experiência de cinema" que teve em 54 anos de carreira.
Imortalizado pelo papel de Gandalf na saga "O Senhor dos Anéis", o lendário ator britânico não teve dúvidas sobre revelar que não se esquece do que aconteceu em "The Keep" ("O Guardador do Mal"), um filme de terror fantástico de 1983.
Com uma complicada produção e pós-produção, incluindo interferências do estúdio, o filme contava a história de tropas nazis que despertavam uma força demoníaca após se instalem numa antiga fortaleza na Roménia durante a Segunda Guerra Mundial e no elenco estavam ainda atores como Scott Glenn, Jürgen Prochnow e Gabriel Byrne.
O próprio realizador não gosta de falar do seu segundo trabalho para o grande ecrã e nem precisa: na sua grande carreira estão títulos como "O Ladrão Profissional", "Caçada ao Amanhecer", "O Último dos Moicanos", "Heat - Cidade Sob Pressão", "O Informador" e "Colateral".
"O Michael Mann disse-me 'Fazes de romeno'. Portanto fui para a Roménia para explorar e aprendi a falar com sotaque romeno”, recordou Ian McKellen sobre a "pior experiência" numa nova entrevista à revista Variety.
"Então, no primeiro dia da rodagem, o Michael disse-e que queria que fala-se com um sotaque de Chicago [EUA]. Bem, não conseguia fazer isso e as coisas pioraram a partir daí", acrescentou sobre o projeto que o obrigava a estar várias horas sentado na cadeira dos caracterizadores para ficar 30 mais velho para depois nem sequer ser chamado para filmar.
Agora com 84 anos, o ator diz que é constantemente recordado da sua mortalidade, mas não pensa em fazer nada dramático em relação à carreira.
"Reformar-me para fazer o quê? Nunca estive desempregado, mas tenho a noção de que a qualquer momento pode acontecer algo comigo e impedir-me de voltar a trabalhar. Mas enquanto os joelhos aguentam e a memória permanece intacta, por que não deveria continuar?", disse.
"Sinto que agora realmente estou bastante bom nesta coisa da representação", acrescentou.
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