É o rosto mais conhecido da televisão portuguesa ligado ao cinema e aquele que mais estrelas de Hollywood entrevistou.

Com vários livros publicados sobre a Sétima Arte, Mário Augusto tem aproveitado a sua conta de Facebook para fazer sugestões diárias de filmes incontornáveis nestes tempos de confinamento. Às 10 propostas audiovisuais do nosso desafio, acrescentou ainda mais um lote de livros verdadeiramente a não perder.

As escolhas de Mário Augusto

“A Espia”

Mário Augusto: “Sem dúvida, a curiosidade que é ver 'A Espia', na RTP. Um elenco notável e uma grande produção, que o Jorge Paixão da Costa realizou muito bem. Vale a pena.”

Onde: Série televisiva de ficção histórica da RTP, de grande produção, com oito episódios, a acção a decorrer em 1941 e um elenco encabeçado por Daniela Ruah, Maria João Bastos e Diogo Morgado. Estreou a 8 de abril, também disponível na RTP Play.

“The Morning Show”

Mário Augusto: “Na Apple TV+ estive a ver e aconselho 'The Morning Show'. Inicialmente resisti porque achava que seria uma telenovela com mais qualidade, mas mal vi o primeiro fiquei agarrado.”

Onde: Série de 10 episódios sobre os bastidores de um programa de televisão cujo apresentador é acusado de assédio sexual. Criada por Jay Carson, tem como protagonistas Jennifer Aniston, Reese Witherspoon e Steve Carell. Disponível na Apple TV+.

"Peaky Blinders"

Mário Augusto: “Estou a ver de empreitada a edição em Blu-ray da série 'Peaky Blinders'. É uma produção incrível.”

Onde: Série de (até à data) 30 episódios em cinco temporadas, criada por Steven Knight, um épico familiar de gangsters de Birmingham após a Primeira Guerra Mundial. As cinco temporadas estão disponíveis na Netflix.

Trilogia "O Padrinho"

Mário Augusto: “No cinema, começaria pelos clássicos. Estive com os meus filhos a ver a trilogia 'O Padrinho', de Francis Ford Coppola. Como as sessões de cinema em minha casa têm tertúlia e discussão sobre o filme, tem sido muito divertido e deu para confirmar que se trata da melhor saga do cinema, sem ter tido a tentação de continuar e continuar até já não haver Corleones para lhe dar seguimento. Os clássicos não se mexem e ficam eternos… um bom exemplo de redescoberta constante.”

Onde: Trilogia de filmes assinada por Francis Ford Coppola em 1972, 1974 e 1990, um épico de gangsters com um elenco de luxo baseado na obra literária de Mario Puzo, com os dois primeiros títulos a conquistarem nove Óscares, incluindo os de Melhor Filme. Disponível no MEO videoclube, em DVD e Blu-ray.

Charlie Chaplin

Mário Augusto: “Rever Chaplin é sempre um bom exercício de alegria, genial de tão simples que é. Pôr os mais pequenos a ver Charlie Chaplin deveria ser de prescrição médica para combater a depressão e a angústia. O Chaplin maltrapilho e a comer solas de sapato no filme 'A Quimera do Ouro' mostra-nos que o mundo é para levar com alegria, mesmo nas privações.”

Onde: O realizador e ator britânico é provavelmente o artista mais popular e perene da história do cinema, com obras-primas absolutas como “A Quimera do Ouro” (1925), “Luzes da Cidade” (1931), “Tempos Modernos” (1936), “O Grande Ditador” (1940) e “Luzes da Ribalta” (1952). O essencial da sua obra está disponível em excelentes edições em DVD.

"Knives Out - Todos São Suspeitos"

Mário Augusto: “Como filme recente, sugiro o 'Knives Out - Todos São Suspeitos'. Um bom exercício de policial, com um elenco de topo e uma história a fazer lembrar os grandes mestres do suspense.“

Onde: Uma intriga detectivesca moderna a fazer lembrar as de Agatha Christie, com um elenco de estrelas e argumento e realização muito elogiados de Rian Johnson. Disponível no MEO videoclube.

“Roma” – Edição da Criterion

Mário Augusto: “A recente edição em Blu-ray da Criterion de 'Roma', da Netflix, tem um excelente documentário sobre o processo criativo do filme, em que o realizador Alfonso Cuarón nos põe a par de todo o seu desenvolvimento, que é uma verdadeira aula de cinema. Adorei e aconselho.”

Onde: Vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza e de três Óscares, incluindo o de Melhor Realização para Alfonso Cuarón, este filme mexicano é um dos grandes emblemas da Netflix. Está disponível na Netflix, mas o lote exaustivo de extras está na luxuosa edição em Blu-ray da editora Criterion.

Agnes Obel

Mário Augusto: “Agnes Obel é uma das cantoras que mais ouço por esta altura. Grandes melodias, muito tranquilizadoras… É uma companhia nas minhas escritas constantes.”

Onde: Cantora e compositora dinamarquesa, com álbuns de sucesso como “Philharmonics” (2010) ou “Citizen Glass” (2016). Disponível no Spotify.

“Bob Dylan”

Mário Augusto: “Um disco obrigatório que reúna o essencial de Bob Dylan. São canções eternas que nos trazem à memoria velhos tempos…”.

Onde: Uma das figuras centrais da música do último meio século, com 38 álbuns e uma infinidade de clássicos como “Blowin’in the Wind” ou “The Times They Are a-Changing”, o cantautor norte-americano conquistou as mais diversas distinções, incluindo o Prémio Nobel da Literatura e o Óscar. Disponível no Spotify.

Cat Power

Mário Augusto: “Quanto a discos, também ouço com frequência a Cat Power. Não é muito conhecida, mas tem um tipo de música talvez um bocadinho melancólica para estes tempos que se vivem, mas de que gosto muito.”

Onde: Cantautora norte-americana de álbuns de sucesso como “You Are Free” (2003), “The Greatest” (2006), “Jukebox” (2008) ou “Sun” (2012). Disponível no Spotify.

E livros....?

Mário Augusto: “Nestes tempo de confinamento e de pausa, nada melhor do que encontrar um viajante compulsivo. Gosto de livros de contos e de relatos, e o Paul Theroux é um dos melhores nomes da literatura de viagens e com conteúdo. Dele destaco “A Arte da Viagem”, que alia os lugares visitados aos livros que acompanharam esses percursos ao longo de 50 anos. É um dos meus livros de hoje, entre outros, e é precisamente o que estou agora ler.

Mas adoro também reler José Rentes de Carvalho: tanto o “Tempo Contado”, de crónicas, como o “Ernestina”, mostram que este é um autor descoberto tardiamente entre nós, mas que tem retratos de gente que dariam boas séries de televisão. Leio o Rentes como quem vê um filme.

Estou a redescobrir a memória ao reler o Astérix, aproveitando o facto de ter começado a sair recentemente uma nova coleção completa com material exclusivo. Depois de saber da morte do autor Albert Uderzo [o outro criador da personagem, René Goscinny, já tinha falecido em 1977], comecei a reler a série e adoro revisitar a infância e adolescência com estes gauleses malucos.

Tenho ainda por perto o livro de um amigo, o Manuel Pinto Coelho, que escreveu “+ Vida + Saúde + Tempo”. Estou a adorar porque me explica a mim, que não sou médico, como se pode ter tudo em sinal MAIS depois deste tempos… E sem demasiada fundamentação de palavrões médicos, explica-me quase tudo… e como sou curioso, ajuda muito a comprender e a manter o equilíbrio da saúde.”

Onde: As obras de Paul Theroux e José Rentes de Carvalho estão editadas em Portugal pela Quetzal, a Coleção Integral de Astérix está a ser editada pela Salvat e o livro “+ Vida + Saúde + Tempo” saiu pela Oficina do Livro.

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