Dois filmes adiados vários vezes e em estreia exclusiva nos cinemas estão a encher salas e a contribuir para as melhores receitas de bilheteira da era da pandemia.
Reforçando a posição de Tom Hardy como estrela de cinema, "Venom: Tempo de Carnificina" arrecadou 90,1 milhões de dólares nos cinemas americanos (a estreia portuguesa está marcada para 14 de outubro).
O valor não só ultrapassa os 80 milhões de "Viúva Negra" para se tornar a melhor estreia desde que a pandemia começou, mas também os 80 milhões com que o primeiro filme conseguiu nos primeiros três dias de lançamento em 2018, sem qualquer pandemia. É também a segunda melhor estreia de sempre nos EUA em outubro, perdendo apenas para os 96,2 milhões d2 Joker" em 2019.
Conservador, a expectativa inicial do estúdio era uma estreia entre os 26,2 milhões de "O Esquadrão Suicida" e os 47,5 milhões de "Um Lugar Silencioso 2". Analistas independentes subiam o valor para mais de 60 milhões.
"Com desculpas ao senhor [Mark] Twain: a morte dos filmes foi grandemente exagerada", "citou" o diretor executivo da Sony Pictures Tom Rothman.
Os sinais de otimismo estendem-se ao mercado internacional, com "007: Sem Tempo Para Morrer", inicialmente previsto para abril de 2020, também a conseguir o melhor lançamento de sempre durante a pandemia (excluindo a China, onde só chegará a 29 de outubro).
Com uma ajuda os 25,6 milhões na Grã-Bretanha e Irlanda, o quinto e último filme com Daniel Craig como James Bond conseguiu 119 milhões do lançamento em 54 países (incluindo Portugal), também aqui ultrapassando as previsões independentes entre os 80 e 100 milhões.
As estreias na França, Rússia e EUA esta semana serão determinantes para o sucesso comercial de um filme que se estima ter custado mais de 250 milhões, mas o lançamento está a ser favoravelmente comparado aos dos filmes anteriores sem o impacto da pandemia: "007: Spectre" começou com 123 milhões em 2015 e "007: Skyfall" com 109 milhões em 2012.
A nova versão de "Dune" de Denis Villeneuve com Timothée Chalamet e Jason Momoa também já ultrapassou os 100 milhões de dólares de receitas a nível internacional antes de estrear nos EUA esta semana, noutra notícia encorajadora para as bilheteiras e especificamente para a aprovação da sequela (a estreia portuguesa será a 21 de outubro).
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